Os problemas das grandes cidades brasileiras

A contemporaneidade abrange diversas problemáticas e, dentre essas, os problemas das grandes cidades brasileiras são notórios. Durante o século XIX ocorreu o período regencial, na qual o Brasil foi administrado por regências, pois o príncipe D. Pedro II não havia obtido maioridade para assumir o poder. Nesse contexto, várias revoltas surgiram devido à insatisfação do povo e a falta de recursos básicos, o que mostra a existência de impasses no país desde os primórdios. Dessa forma, deve-se discutir sobre a questão da mobilidade urbana, bem como a violência urbana no cenário vigente.

Em primeiro lugar, cabe ressaltar acerca dos desafios em transitar nas grandes cidades. De acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), o paulista demora quase três horas por dia no trânsito. À luz dessa ótica, fica evidente que o longo tempo dentro de transportes sucateados, em estado precário e com altas taxas para uso, acarrete diminuição do aproveitamento e qualidade de vida da população. Nesse sentido, o impacto causado pela grande quantidade de veículos em uma malha viária desproporcional gera riscos ao corpo social, haja vista que a fonte energética dos automóveis sejam combustíveis fósseis – como a gasolina – que aumentam a emissão de gases poluentes na atmosfera.

Em segundo lugar, é indispensável mencionar quanto à violência urbana. A esse respeito, é possível observar o aumento dos índices de criminalidade e violência no país a cada ano. Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, fatos sociais são maneiras de agir e pensar na sociedade, realizadas por uma coerção no ser. De maneira análoga, assassinatos, violência doméstica e agressões ocorrem todos os dias no Brasil, decorrentes de uma normalidade do ato e não punição dos indivíduos, tendo em vista que o crime produza uma pressão (coerção) no ser, sendo passível de penalidade, fato que não é efetuado. Nesse prisma, fica nítida a conveniência no combate de atos violentos para a emancipação das minorias atingidas por esses.

Portanto, são necessárias medidas para mitigar essas problemáticas. Para isso, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra), investir na construção de BRTs (ônibus de trânsito rápido), transportes de qualidade que se equiparem ao preço cobrado e vias proporcionais às localidades, a fim de aliviar o excesso na mobilidade. Ademais, pelo Poder Legislativo, alterar leis criminais e torná-las mais severas, cedendo mais atenção à população através de ouvidorias de apoio – com parcerias público-privadas –, para que haja uma velocidade no processo de punição dos criminosos, traçando assim um caminho para a solução dessas questões.