Os problemas das epidemias e suas consequências sociais (achei esse tema bem chatinho)

No filme ”Contágio”, uma epidemia mortal rapidamente se dissemina no contexto global, causando pânico e problemas sociais. Embora seja uma obra ficcional, o filme demonstra claramente possíveis cenários os quais ocorreriam na atualidade em uma eventual epidemia – ineficácia dos órgãos de saúde e consequências sociais. Nesse contexto, cabe discutir a problemática, bem como as possíveis soluções para a mesma.

Primeiramente, é importante salientar que o surgimento de epidemias fortalece ou cria  novos preconceitos no corpo social. Isso por que, o surgimento desses surtos se dão, muita vezes, pela analogia da mesma com grupos sociais específicos, criando exclusão entre esses grupos e a sociedade em geral. Tal perspectiva, pode ser observada, por exemplo, no início da década de 80, quando um surto de AIDS no Brasil, foi ligado à uma espécie de ”julgamento divino” contra as pessoas homossexuais, os quais eram os principais infectados segundo os dados da época. Dessa forma, o preconceito já existe foi fortalecido, aumentando ainda mais a segregação humana.

Ademais, o descaso dos governantes com a saúde pública é um  agravante para a problemática. Isso por que, por mais que hajam políticas públicas as quais prevêem a erradicação e o tratamento de doenças epidêmicas, ainda voltam a ter ocorrências quase que cíclicas dessas. Nesse sentido, existem maiores focos para o tratamento da doença em detrimento da erradicação do vetor – o que consequentemente gera a permanência dessas enfermidades e o aumento de infectados. Como exemplos disso, tem-se a AIDS, doença que teve um aumento de 21% no número de infectados dentre 2010 e 2018, segundo apontam dados da ONU.

Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver a problemática em questão. Para tanto, é dever do Estado, representado pelo ministério da saúde, fortalecer suas políticas públicas focadas na erradicação de vetores bem como conscientizar e informar a população. Desse forma, deve-se direcionar maiores verbas para campanhas de prevenção e tratamento da AIDS ( distribuição de antirretrovirais e preservativos), erradicação do Aedes Aegypti e a vacinação. Além disso, nos postos de saúde,bem como nas escolas, os profissionais devem ser treinados para ministrar palestras e seminários sobre doenças epidêmicas estigmatizadas, a fim de quebrar ideias preconcebidas no corpo social. Desse forma, será possível erradicar e conscientizar a população sobre possíveis situações epidêmicas.