Consoante ao Art. 5 da Constituição Federal Brasileira, todos são iguais em direitos, não havendo distinções de qualquer natureza. Entretanto, essa conjuntura normativa é sistematicamente negligenciada pelas pessoas, no que se refere ao preconceito com a doação de sangue feita por homossexuais. Nesse sentido, é possível preconizar que o problema é complexo e está atrelado à falta de informação, bem como a ausência de fiscalização efetiva no cumprimento da lei.
Primeiramente, é imperioso ressaltar que a falta de conhecimento, por parte das pessoas, contribui para o fortalecimento do preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação sanguínea. Segundo Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, “Todas as pessoas tomam os limites de seu próprio campo de visão, pelos limites do mundo”. Dessa forma, o indivíduo ao possuir um conhecimento ínfimo sobre o processo de doação sanguínea, e ao desconhecer que este passa por uma triagem laboratorial, acaba sendo preconceituoso com outros indivíduos que vivem relação homo afetiva, pela crença errônea de que todos eles são soropositivos. Assim, essa visão limitada é tida como correta em detrimento do mundo.
Outrossim, a ineficiência de uma fiscalização no cumprimento da legislação, mantem o problema em aspecto inercial. De acordo como o pensador francês, Michel Foucaut, o indivíduo ao não ser observado tende a transgredir regras. Sendo assim, o cidadão ao não ser monitorado por uma jurisprudência eficiente, reverbera o preconceito quanto à doação de sangue pelos homossexuais, descumprindo a decisão do Supremo Tribunal Federal, na qual estas pessoas não são legalmente impedidas de serem doadoras. Essa configuração é visível intrinsecamente não apenas por leigos, mas também por parte de profissionais qualificados na área da saúde, que desrespeitam a conduta de ética. Logo, é factual destituir a passividade do sistema de justiça.
Impende, pois, que medidas devem ser tomadas para mitigar o problema. Nesse sentido, o Ministério da saúde em parceria com as escolas, deve criar uma campanha nacional que dê visibilidade aos homossexuais quanto à doação sanguínea, por meio de palestras, nas escolas e nas comunidades, com a participação de profissionais da saúde, que deverão ministrar sobre os processos de doação sanguínea, e de profissionais da educação, com fito de abordar a alteridade e empatia para com os homossexuais, a fim de aumentar o conhecimento relativo à questão e, por conseguinte reduzir o preconceito existente. Dessa forma, cria-se um panorama justo e solidário, no qual o respeito à igualdade previsto na Constituição Federal brasileira é plenamente garantido.
Vanessa Rocha de Souza
Sua redação está ótima!!
Demonstrar domínio da língua escrita : 200
Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos de várias áreas de conhecimento: 160
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 200
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos para a construção da argumentação: 200
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos: 200
Nota: 960
condessa
Oi Antonio! No geral, sua redação está muito bem escrita. Parabéns! No entanto, tenho algumas observações:
1. A expressão “por parte das pessoas”, no primeiro parágrafo, é dispensável
2. Há um erro de vírgula em “ao possuir um conhecimento ínfimo sobre o processo de doação sanguínea, já que essa pontuação era necessária antes de “ao”.
3. A oração a”o possuir um conhecimento ínfimo sobre o processo de doação sanguínea, e ao desconhecer que este passa por uma triagem laboratorial,” poderia ser reescrita para “ao possuir um conhecimento ínfimo sobre o processo de doação sanguínea e desconhecer que este passa por uma triagem laboratorial”. (Isso é mais frescura minha do que qualquer coisa).
4. Evite períodos longos, em especial na conclusão.
Nota: 920
Critério 1: 160
Critério 2: 160
Critério 3: 200
Critério 4: 200
Critério 5: 200
Espero ter ajudado! Qualquer dúvida, por favor, me procure.