Os perigos da obsolescência programada

Na década de 1920, durante o modelo de produção toyotista foi criado a obsolescência programada, que consiste numa menor durabilidade dos produtos visando um maior lucro. Nesse contexto, tal criação foi expandida ao redor do mundo o que acabou por gerar prejuízos inimagináveis ao longo do tempo, por conseguinte a quantidade de lixo eletrônico no mundo atual ultrapassa 40 milhões de toneladas, como resultado do encarecimento no descarte do mesmo.

Diante disso, a plataforma de notícias G1 publicou no ano de 2017 uma matéria alegando que o mundo contemporâneo produz 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico que são descartados de forma inadequada. Com isso os detritos, por possuírem metais pesados em sua composição, acabam contaminando o solo e os lençóis freáticos gerando o fenômeno conhecido como magnificação trófica, que consiste na infecção de toda cadeia alimentar. Em virtude de tal situação, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) o processo de segregação dos materiais presentes nos eletrônicos são altamente custosos. Como resultado a população é desestimulada a descartar de forma correta o produto, causando impactos ambientais como o citado acima.

Além de afetar ambiental e economicamente, os perigos da obsolescência também se inserem no campo social, visto que a grande quantidade de metal jogado fora de maneira irresponsável gera diversos problemas de saúde como o mercúrio, metal pesado que está presente em computadores, televisores entre outros, deteriora o sistema nervoso. Ademais é importante salientar que não sabemos os reais efeitos de tamanho descaso daqui a 50 anos, o que torna o problema ainda mais urgente e assustador.

Dessa forma, faz-se necessário que o poder legislativo elabore uma lei, na qual as empresas responsáveis pela produção da mercadoria fossem também pelo descarte da mesma, por meio de uma rígida fiscalização incentivada por ONGs ambientais como Greenpeace. Assim, tal ação resultará numa menor contaminação de toda cadeia alimentar além da diminuição da emissão de metais pesados nas águas, colaborando para a construção de uma sociedade justa e saudável.