Os perigos da busca excessiva da felicidade

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É notável a popularidade atual de livros de auto-ajuda. Basta entrar em livrarias, que logo damos de cara com esses livros nas sessões de best-sellers. Pessoas que tentam encontrar a melhor versão de si mesmas, sanar mágoas e superar traumas; ou que apenas buscam a receita para o sucesso. Carl Jung disse certa vez que “uma árvore precisa ter raízes capazes de chegar até o inferno para crescer até o céu”. Com isso ele queria dizer que as pessoas precisam reconhecer as próprias falhas para transcender, aceitar e equilibrar defeitos e qualidades em si mesmo.

Sabe-se que não é muito fácil buscar ajuda profissional, não apenas pela falta de aceitação de problemas emocionais, que são um tabu, mas também pelo medo da rejeição. Sem contar, que serviços de saúde mental não costumam ser tão acessíveis, tanto pelo preço, quanto pela disponibilidade. Aí entram os livros de auto-ajuda. É notável o sucesso de livros como “O Poder do Hábito” e “O Milagre da Manhã”, que costumam dar receitas para a busca da felicidade, alegando que isso depende apenas de si mesmo, não precisando da ajuda de outros, e que é algo que pode ser conquistado com facilidade.

Ademais, a felicidade depende, sim, de outras pessoas, ninguém é feliz sozinho, e não é um sentimento abstrato que pode ser comprado, felicidade se conquista. Isso, infelizmente, está ligado à problemas emocionais que estão se tornando muito comuns na nossa sociedade. Se essas publicações fossem realmente tão benéficas não seria a depressão e o suicídio duas das maiores causas de morbidade. É preciso busca de ajuda profissional e tratamento, pois os manuais de apoio são apenas uma forma de auxílio, não de terapia.

Em suma, não há mal algum na venda desses livros, errado é achar que eles são o remédio para tudo. É preciso desmitificar a depressão e parar de taxá-la como “coisa do diabo”, mas como uma doença, e estimular as pessoas a buscar ajuda da psicologia e de familiares. Com o propósito de intervir, o Ministério da Educação poderia, por meio da disciplina de Sociologia, pôr uma aula para jovens do ensino médio debatendo conceitos de felicidade, doenças emocionais e autoconhecimento. Só assim a árvore de Carl Jung poderia chegar até os céus.

 

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2 Correções

  1. Seu texto aborda um assunto muito interessante, mas na introdução a tese não é evidenciada, em vez disso você usa uma citação, que ficaria melhor no segundo parágrafo, evidenciando a tese. Também notei um erro de concordância em “Se essas publicações fossem realmente tão benéficos…”, onde o correto seria “benéficas” mas acredito ser apenas um pequeno erro de atenção. Use também mais conectivos, é uma questão muitas vezes esquecidas, temos que nos policiar nesse quesito kakakak. A redação está ótima, gostei da proposta de intervenção, parabéns.

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  2. Olá! Primeiramente, sua redação está legal, mas tem alguns erros que divergem da proposta do texto dissertativo-argumentativo.
    *Na introdução sua tese ficou pouco clara, notei o detrimento de vírgulas soltas, ausência do detalhamento de citação, quem é Carl Jung?
    Além disso, você não expôs seu projeto de texto, seja ele um encaminhamento argumentativo ou a exposição dos mesmos, e por fim, faltou a finalidade do parágrafo.
    *No D I novamente você não evidenciou as citações, quem são os autores do livro? Ademais, inicie o parágrafo com um conectivo, isso conta muitos pontos.
    *D II não utilize termos sentimentais como “infelizmente”, lembre-se que sua opinião deve ser exposta por meio de argumentos. Além disso, opte pelo senso crítico, é muito mais útil do que o senso comum. Cuidado com a concordância nominal, como, por exemplo: “…. publicações…… benefícos”. O ideal seria terminar com “benefícas” .
    *Conclusão, não utilize frases genéticas como: “coisa do diabo”, isso torna o seu texto menos elegante.
    Bom, espero que goste e se atente a esses requisitos, bom estudo!😙❤️

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