Iniciante

Os perigos da automedicação na sociedade brasileira contemporânea

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Durante a Idade Média foram propagadas diversas práticas medicinais baseadas no automedicamento, visto que não haviam fundamentos científicos. Após séculos, ocorreu o avanço da tecnologia e, consequentemente, da medicina, contribuindo para a existência de medicamentos que, de fato, auxiliavam contra doenças, no entanto, parte da sociedade brasileira contemporânea aparenta, quando o assunto é tratamentos medicinais, viver no século XIV. Nesse contexto, percebe-se que deve haver debates acerca dos perigos da automedicação, incentivada, não apenas pelo auto diagnóstico feito através da internet, mas também pela facilidade para adquirir remédios.   

Diante desse cenário, é importante abordar os impactos decorrentes da autoavaliação feita, em sua maioria, por sites. “O que tomar para…”, tal frase tem se mostrado muito utilizada em ferramentas de pesquisa como o Google, por exemplo, ocorrendo apenas o câmbio do radical de acordo com os sintomas sentidos pela pessoa. Entretanto, há websites que não utilizam fontes confiáveis, ou seja, informações comprovadas pela ciência. Como consequência, ao incentivarem o uso de qualquer medicamento podem estar colocando vidas de indivíduos em risco, pois há possibilidades de apresentarem novas manifestações ou de haver a piora dos que a vítima possuía antes da busca por mitigá-los.

Ademais, necessita-se relatar que a simplicidade em relação à compra de drogas com fins medicinais é um fator agravante da problemática. Diariamente, farmácias promovem a venda de diversas substâncias lícitas, entretanto não há nenhuma exigência ou restrição além do valor para pagá-las. Sendo assim, as pessoas que, na maior parte, já estão influenciadas pelos meios de comunicação, não enfrentam dificuldades para fazer a aquisição e mesmo os não influenciados possuem riscos, porque pode-se haver o excesso da quantidade de produtos e, como resultado, o consumo excessivo. Ato que contrapõe a teoria da “Justa medida”, desenvolvida pelo filósofo Aristóteles, na qual é afirmado que quaisquer práticas, de maneira excessiva, deixam de ser benéficas para a saúde e passam a ser maléficas.

Desse modo, graças à demasia de desinformações e à fácil obtenção de medicamentos a automedicação continua sendo um entrave em território nacional e é preciso que haja intervenções. Portanto, faz-se necessário ao Poder Legislativo, com o auxílio do Ministério da Saúde, por meio da criação de leis que garantem a aquisição de remédios apenas com a receita e a autorização de médicos, tornarem o processo de compra mais burocrático e seguro para a população. Além disso, cabe aos principais veículos de comunicação promover o desligamento dos meios comunicativos que não apresentarem comprovantes acerca da veracidade de suas recomendações. Medidas assim objetivam eliminar os hábitos que o corpo social herdou do Período Medieval.

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2 Correções

  1. Oii!! Achei a sua redação excelente, lendo, vi apenas 2 erros no emprego da vírgula. Mas sem essa observação, você tem uma estrutura muito boa! Suas ideias são bem expostas, a sua opinião sobre o tema está bem construída e detalhada! E você fez um bom uso de ligação das ideias. Parabéns!! Para enem, eu te daria um 940!

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  2. Oláa, ok vamos lá. Como não sei se é para corrigir no formato ENEM, irei corrigir normalmente.

    Introdução: apresentou os argumentos com clareza, sem informações desnecessárias que serviriam para longar o parágrafo e deixar buracos. Está muito bom, no entanto há um pequeno exagero de vírgulas desnecessárias. Obs.: ao utilizar a conjunção adversativa “no entanto” apenas ligando orações, não deve haver vírgulas após mencioná-lo, veja ” […]auxiliavam contra doenças, no entanto, parte da sociedade brasileira contemporânea aparenta […]” a vírgula deve ser retirada após a conjunção “no entanto”

    D1: está ótima, não avista-se erro algum. Bons argumentos.

    D2: uau! Ótimo desenvolvimento e bom uso da fonte.

    Conclusão: muitíssima boa e bem trabalhada.

    Não enxergo erros a mais em sua redação, imaginando que ela esteja de acordo com a quantidade de linhas obrigatórias para cada parágrafo e para o texto dissertativo-arguentativo. Uma redação “limpa” e de fácil compreensão cativa o leitor e aquele responsável pela correção. VocÊ tabém mostra um bom domínio gramatical e conhecimento de sinÔnimos, etc.

    Dica: o uso de travessões conquista o corretor, pois demonstra ainda mais conhecimento gramatical, ainda mais nas redações do ENEM.

    Até mais, e Deus te abençoe nas próximas. Por favor se não for incÔmodo, corrija a minha última redação postada: https://psalm.escreveronline.com.br/redacao/obesidade-infantil-se-puder-corrigir-no-formato-enem-fico-grata/

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