Os Perigos da Automedicação na Cultura Brasileira

Segundo o filósofo Arthur Schopenhauer, o maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem. Essa visão encaixa-se na prática da automedicação pois associa que o indivíduo realiza esse ato para promover alívio rápido e a curto prazo de algum sintoma em vez de buscar uma orientação médica, comprometendo sua saúde no futuro.

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação. Esses dados revelam que houve um agravamento de uma doença em decorrência da automedicação de forma incorreta. Pois o uso de um medicamento pode inibir o outro e o abuso pode comprometer a ação do medicamento no organismo, perdendo seu efeito.

Em segundo plano, dados do Instituto de Pesquisa Hibou, as dores que mais afetam os cidadãos são as de cabeça, a lombar, a cervical e nas pernas. E os medicamentos que combatem a essas dores são os principais causadores de intoxicação no Brasil desde 1994. Esses números revelam que ocorre um julgamento desses sintomas de “dores normais” e que utilizar um medicamento X vai melhorar. E esses sintomas muitas vezes está relacionado ao excesso de trabalho.

Portanto, compete ao Ministério da Saúde que tem como função social garantir a qualidade de vida da população, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, regulamentar as vendas de medicamentos sem prescrição médica, orientando os indivíduos de como utilizá-los através de propagandas e que o recomendável é sempre buscar uma orientação médica.