Os perigos da automedicação na cultura brasileira

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De acordo com Paracelso, “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. De maneira análoga ao defendido pelo filósofo, a automedicação, prática recorrente na sociedade brasileira, é marcada pelo uso indiscriminado de remédios, resultando em sérios problemas para o corpo social. Diante disso, é fulcral pontuar que dentre as consequências negativas de tal atitude destacam-se a possibilidade de potencializar certas doenças e os impactos no sistema de saúde nacional.

Antes de tudo, é válido ressaltar que a ingestão de antibióticos sem prescrição médica é a principal causa do surgimento de superbactérias. Esses microrganismos recebem auxílio de uma estrutura interna chamada plasmídeo, a qual lhes confere determinada resistência contra medicamentos. Nessa perspectiva, a interrupção do uso da droga antes do tempo indicado, faz com que as bactérias restantes sejam as mais capacitadas, caracterizadas, consequentemente, pelo seu difícil tratamento e por elevados índices de óbito.

Ademais, nota-se que a automedicação acaba por sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS), principal mecanismo de saúde pública no Brasil. É evidente que a má aplicação de fármacos promove novos riscos à saúde, tais como intoxicação, falência renal e doenças crônicas. Partindo desse pressuposto, é inegável que tais complicações, que deverão ser tratadas e encaminhadas para um profissional, provocam gastos para o sistema de saúde que poderiam ser evitados, a fim de que o dinheiro fosse investido nos demais casos que realmente o necessitam.

Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham mitigar o avanço da problemática no atual cenário do país. Assim, cabe ao Ministério da Saúde não só ampliar a fiscalização da venda desordenada de drogas, mas também desenvolver ações de conscientização. Por intermédio do Comitê Nacional para Promoção do uso Racional de Medicamentos, é necessário criar campanhas e projetos de leis capazes de controlar a venda de remédios, com o intuito de barrar a perpetuação da automedicação e minimizar os riscos à saúde dos cidadãos.

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2 Correções

  1. Sua redação, na minha opinião, apresenta uma linguagem clara e objetiva, o que é um aspecto positivo.
    Se não me engano, a sua proposta de intervenção está incompleta, porque não consegui identificar o detalhamento.
    A proposta de intervenção deve ter: agente + ação + modo/ meio + efeito + detalhamento ( que pode ser de qualquer um dos elementos anteriores ).

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  2. Olá,

    Competência 1: 200
    Sem erros ortográficos ou de gramática expressivos ou repetitivos. Parabéns!

    Competência 2: 200

    Uso produtivo do repertório e bem contextualizado. Parabéns!

    Competência 3: 180

    Faltou um melhor desenvolvimento no 2º parágrafo. Você citou as bactérias. Mas apenas falou do uso intenso de determinada medicação. Mas tal uso pode ser feito até em casos onde não há uma automedicação, como é o caso de um paciente que ultrapassa o tempo recomendado pelo medicamento. Atenção nessa parte.

    Competência 4: 200

    Uso correto dos conectivos e escolha exemplar das palavras.

    Competência 5: 200

    Apresentação dos 5 agentes necessários! Parabéns!

    Nota Final: 980

    Parabéns pela nota. Continue estudando! vejo muito potencial. Boa sorte e que Deus abençoe seus sonhos.

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