Os obstáculos para combater o tabagismo

Os obstáculos para combater o tabagismo

Durante a Era de Ouro de Hollywood, especialmente entre o começo dos anos 30 e final dos 60, o cinema apresentou um papel importante quanto ao aumento dos usuários de cigarro ao redor do mundo. Isso porque nos filmes dessa época o cigarro era tratado como algo rebelde e cheio de glamour, sem contar que grandes artistas participavam também de propagandas de cigarro ou eram constantemente vistos fumando, o que fazia as pessoas muitas vezes começarem a fumar para parecerem mais elegantes, ou até mesmo para se parecerem mais com seus ídolos. Diferente daquela época, o cigarro não é mais considerado um charme, mas muitas pessoas ainda são usuárias principalmente pelo prazer, alívio e sensação de relaxamento que ele proporciona. Além de ser uma droga de fácil acesso custando em média R$7,00 um maço inteiro.

Em um cigarro encontra-se mais de 4700 substâncias químicas tóxicas, entre elas a nicotina, principal causa da dependência química. A nicotina é responsável por liberar no nosso corpo uma sensação de empolgação inicial, seguido por um relaxamento profundo, e quanto mais exposto a ela mais o funcionamento do nosso cérebro se modifica, fazendo com que a vontade de fumar vire um hábito, já que o cérebro se acostuma com a sensação de calmaria e prazer.

Hoje em dia, segundo estudos feitos, mais de 90% das pessoas que fumam começaram antes mesmo dos 18 anos de idade, o que afeta ainda mais o cérebro, já que ele está em formação e quanto mais exposto a tais substâncias mais danificado e viciado ele se torna. Sem contar que o acesso ao cigarro é algo relativamente fácil, já que podemos encontrar um maço por R$7,00 ou menos sendo vendidos em mercearias, bares e até padarias, lugares que muitas vezes não pedem carteira de identidade para confirmar se o comprador é maior de idade. Todos esses fatores em conjunto com a curiosidade e a falta de instrução fazem com que vários adolescentes comecem a experimentar a droga.

A OMS e o Ministério da Saúde deveriam trabalhar em conjunto para desenvolver maneiras mais eficazes de apresentar os riscos e danos do cigarro, como por exemplo promover palestras com ex fumantes onde eles instruam as crianças e adolescentes, ou ainda desenvolver campanhas digitais informativas em parceria com mídias como Instagram, YouTube e Twitter, já que são plataformas bastante acessadas pelos adolescentes.