Iniciante

Os moradores de rua e a política higienista no Brasil

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    Em 2021, o governo do estado de São Paulo permitiu que fossem colocados blocos de concreto sob um viaduto da capital, interditando, assim, o local que era usado como abrigo para vários moradores de rua, agora ainda mais desamparados. O fato mobilizou as redes sociais, trazendo à tona a discussão sobre essa “arquitetura anti-humana”, usada como forma de higienização social pelo poder público, violando os direitos de milhões de brasileiros que vivem nas ruas.

   Num país onde 0,6% a 1% da população é sem-teto, segundo o IBGE, é irônico pensar que a moradia seja considerada um direito assegurado pela Constituição. Os moradores de rua, invisibilizados pela sociedade, ainda têm que lidar com a represália do Estado, que ao invés de pensar em políticas humanistas para tratar essa fragílima situação, prefere “varrer a sujeira para debaixo do tapete” por meio de ações como a previamente citadas: interdição de espaços públicos que serviam como suporte para essas pessoas, instalação de bancos de praça com divisórias que impedem alguém de se deitar ali, entre outras medidas anti-mendigos, visando apenas retirar essas pessoas do campo de visão social, agradando a grandiosa parcela da população que as enxerga como lixo a ser jogado fora.

    Paralelamente a esse cenário no Brasil, tem-se no resto do mundo a mesma preocupação com a população sem-teto. Entretanto, em países como a Grã-Bretanha, Alemanha e em alguns aspectos a China, a forma de se lidar  com essas pessoas é bem mais humanitária e ideal, e deveria servir de modelo para o resto das nações. Nesses lugares, existem vários abrigos destinados a acolher os moradores de rua, onde têm acesso a leitos, comida e banheiros, juntamente com programas de subsídio econômico. Sendo tudo isso às custas do governo, ou seja, não é impossível que o Estado ofereça as mínimas condições de vida para os moradores, o que falta é a tomada de responsabilidade da autoridades e da sociedade como um todo, que marginaliza essas pessoas, não enxergando-as como cidadãs brasileiras.

   Por fim, tendo em vista que os moradores de rua no Brasil estão sofrendo uma negação de direitos por políticas agressivas, cabe ao governo do Estado, por meio do Ministério da mulher, da família e dos direitos humanos, elaborar programas de construção de estruturas de acolhimento para essas pessoas sem-teto, semelhante às presentes em outros países ao redor do mundo, a fim de abrigar essas pessoas em condição de rua, para que tenham a garantia de alguma segurança mínima e um de seus direitos mais básicos: a moradia.

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4 Correções

  1. INTRODUÇÃO:
    ▪︎    Em 2021, o governo do estado de São Paulo permitiu que fossem colocados blocos de concreto sob um viaduto da capital, interditando, assim, o local que era usado como abrigo para vários moradores de rua, agora ainda mais desamparados. O fato mobilizou as redes sociais, trazendo à tona a discussão sobre essa “arquitetura anti-humana”, usada como forma de higienização social pelo poder público, violando os direitos de milhões de brasileiros que vivem nas ruas.

    OBS:
    ▪︎(agora ainda mais desamparados) solto.
    ▪︎Faltou conectivos para ligar as partes da tua introdução.
    ▪︎Cadê a tese ?

    DESENVOLVIMENTO 1:
    ▪︎Num país onde 0,6% a 1% da população é sem-teto, segundo o IBGE, é irônico pensar que a moradia seja considerada um direito assegurado pela Constituição. Os moradores de rua, invisibilizados pela sociedade, ainda têm que lidar com a represália do Estado, que ao invés de pensar em políticas humanistas para tratar essa fragílima situação, prefere “varrer a sujeira para debaixo do tapete” por meio de ações como a previamente citadas: interdição de espaços públicos que serviam como suporte para essas pessoas, instalação de bancos de praça com divisórias que impedem alguém de se deitar ali, entre outras medidas anti-mendigos, visando apenas retirar essas pessoas do campo de visão social, agradando a grandiosa parcela da população que as enxerga como lixo a ser jogado fora.

    OBS:
    ▪︎Acredito que você é capaz de mudar esse início de argumentação.
    ▪︎Execelente argumentação.
    ▪︎Poderia ter usado conectivos. Não usou e isso afetou a competência 4.
    ▪︎Você fez o seu parágrafo de desenvolvimento em 2 períodos, isso é preocupante!!! Se atente a isso, divida em 4 períodos e use conectivos ao iniciar.

    DESENVOLVIMENTO 2:
    ▪︎Paralelamente a esse cenário no Brasil, tem-se no resto do mundo a mesma preocupação com a população sem-teto. Entretanto, em países como a Grã-Bretanha, Alemanha e em alguns aspectos a China, a forma de se lidar  com essas pessoas é bem mais humanitária e ideal, e deveria servir de modelo para o resto das nações. Nesses lugares, existem vários abrigos destinados a acolher os moradores de rua, onde têm acesso a leitos, comida e banheiros, juntamente com programas de subsídio econômico. Sendo tudo isso às custas do governo, ou seja, não é impossível que o Estado ofereça as mínimas condições de vida para os moradores, o que falta é a tomada de responsabilidade da autoridades e da sociedade como um todo, que marginaliza essas pessoas, não enxergando-as como cidadãs brasileiras.

    OBS:
    ▪︎Você fugiu do tema ao focar muito em outros países, eu sei que você queria trazer como exemplo, mas perceba que o tema é no Brasil. Afetou a competência 3.
    ▪︎Equívoco de vírgula depois de (essas pessoas).
    ▪︎(cidadãs brasileiras) o correto é (cidadãos brasileiros). Cuidado com a concordância.

    CONCLUSÃO:
    ▪︎Por fim, tendo em vista que os moradores de rua no Brasil estão sofrendo uma negação de direitos por políticas agressivas, cabe ao governo do Estado, por meio do Ministério da mulher, da família e dos direitos humanos, elaborar programas de construção de estruturas de acolhimento para essas pessoas sem-teto, semelhante às presentes em outros países ao redor do mundo, a fim de abrigar essas pessoas em condição de rua, para que tenham a garantia de alguma segurança mínima e um de seus direitos mais básicos: a moradia.

    OBS:
    ▪︎(mulher, família e direitos humanos) é com letra maiúscula, uma vez que ainda faz parte do nome do ministério. O correto (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos).
    ▪︎Faltou detalhar mais sua solução, poderia incluir ONGs.

    NOTA:
    C1: 160
    C2: 160
    C3: 140
    C4: 140
    C5: 160
    TOTAL: 760

    Qualquer coisa estou à disposição.

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  2. Sua introdução está boa, mas uma dica é você levar o argumento do desenvolvimento 2 para a introdução também. Poderia, por exemplo, ter dito como os outros países tratam essa questão de uma maneira melhor do que o Brasil, e aí no D2 você se aprofundava.
    No D1 ficou faltando conectivos, isso te ajuda bastante na nota. Mas no geral, o argumento e a escrita está muito boa.
    Gostei bastante do seu D2, você se aprofundou bastante no argumento.
    Eu senti que sua proposta de intervenção deveria ter mais aprofundamento. Lembre-se sempre, é necessário um Agente, quem especificamente, o que, como, para quem e para que. Tem um erro de gramática ali, no “às presentes…” nesse caso, não tem crase.

    Achei sua redação muito boa, eu creio que você conseguiria uma nota 800/850. Continue treinando!

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  3. Olá,
    A sua redação está escrita corretamente, respeitando a norma culta. Faltou conectivos: Os conectivos têm que aparecer no meio dos parágrafos, ou seja, conectando orações e períodos. Além disso, deve vir, também, entre os parágrafos, ou seja, logo no início conectando-o ao anterior.

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  4. 1- é respeitado a norma culta da língua, está muito bem escrita
    2- é coerente
    3- na redação tem que provar seu argumento com dados, comparações e CAUSA e CONSEQUENCIA. O terceiro parágrafo parece a proposta de intervenção, não mais um argumento, deveria ter deixado no final para da ênfase a sua ideia
    4- senti falta imensa de conectivos
    5- a proposta de intervenção mas falta a consequência que essa medida traz

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