Os maus-tratos aos animais no Brasil

No filme “Legalmente Loira 2” acompanha-se Elle Woods, uma advogada que luta pelo direito dos animais e contra a utilização destes em testes de produtos para beleza. Embora apresente um claro teor cômico, a produção cinematográfica aborda temas importantes como a exploração dos bichos, silvestres ou não, e a banalização atribuída a esse tipo de comportamento. Fora da ficção, a violência contra os representantes do reino Animalia é um grave problema presente em diversas esferas da sociedade. Isso ocorre devido a objetificação dos bichos em caráter doméstico, além da utilização destes em testes de cosméticos, corroborando para propagação de um comportamento de leviandade ante a exploração destes seres. Assim, fica claro a necessidade de analisar-se os quadros que reforçam os maus-tratos aos animais, a fim de diminuir tal prática.

Primeiramente, vale-se ressaltar o valor desses bichos para a sociedade, e o comportamento dos seres humanos com base nisso. No Egito Antigo, os animais eram vistos como representantes de deuses na Terra, sendo adorados e glorificados, contudo, na pós-modernidade tais seres perderam seu simbolismo, sendo tratados como objetos. Outrossim, os animais transformam-se em produtos de consumo, perdendo suas identidades como organismos vivos e merecedores de direitos, convertendo-se em bens para satisfação dos indivíduos. Assim, os donos maltratam e abandonam os bichos de estimação, vendo-os como objetos de utilidade momentânea.

Em segundo plano, destaca-se a utilização de animais em testes e experiências para produção de cosméticos. Tal qual apresentado no filme “Legalmente Loira 2”, na pós-modernidade indústrias de cosméticos utilizam bichos para aplicação de testes de qualidade. Embora este fato seja amplamente discutido na sociedade, observa-se a comercialização contínua de marcas que utilizam tal método de verificação. Consoante a isso, o sociólogo Karl Marx propôs o termo “fetichismo da mercadoria”, que define a valorização do item acima do processo de fabricação. Dessa forma, pode-se afirmar que quando o comprador adquire o produto final ele ignora as relações metafísicas de produção, neste caso a exploração de animais, em detrimento do valor individual daquela mercadoria.

Portanto, infere-se que os maus-tratos aos representantes do reino Animalia compreendem-se como graves problemáticas na sociedade brasileira, sendo necessário medidas para erradicar tal questão. Logo, cabe ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços proibir a produção e comercialização de qualquer cosmético testado em animais em território brasileiro, a fim de evitar tal tipo de exploração. Além disso, cabe às instituições formadoras de opinião – escola, mídia e família – impulsionaram a formação de um comportamento de desobjetificação dos bichos, isso ocorreria por meio do incentivo a denúncia caso ocorra qualquer episódio de violência ligado a esses seres, além da exposição destes tais como são: organismos vivos merecedores de direitos. Assim, ocorrerá a diminuição exponencial dos casos de violência contra animais em todo o Brasil.

(Se possível corrigir com base nas competências do Enem)