Iniciante

Os limites entre liberdade de expressão e discurso de ódio.

  • 0

No conto “O Sonho de um Homem Ridículo” é retratado um narrador que sonha com uma sociedade perfeita. Paralelamente à obra, constata-se que a realidade brasileira não está de acordo com a ideologia da obra, uma vez que os brasileiros não respeitam os limites entre liberdade de expressão e discurso de odio, que culmina na imperfeição do corpo social brasileiro. Desse modo, a ausência de simpatia entre os cidadãos e a ineficácia jurídica se tornam aspectos relevantes para a problemática.

Primeiramente, é cabível salientar que a falta de empatia contribui para a mazela. Nesse sentido, segundo a frase do dramaturgo Carlo Goldini, “Os homens sempre foram mais constantes no ódio do que no amor”. A partir disso, se faz notório a veracidade da frase do dramaturgo, haja vista a crueldade e a violência das mensagens destinadas, sobretudo virtualmente por jovens, a negros e membros da comunidade LGBTQIA que não são investigadas devida a falsa crença de que esses discursos são opiniões pessoais, o que gera ódio e insegurança entre os indivíduos. Logo, a ignorância e o preconceito prevalecem.

Ademais, é válido destacar que a fragilidade dos marcos legais corrobora para a temática. Sob esse viés, segundo a antropóloga Lilia Schwarcz, há uma prática de eufemismo em determinados problemas. Diante disso, se faz perceptível que a atual sociedade brasileira confirma tal pressuposto, visto que, como salienta a magistrada Paula Ramalho em entrevista para o programa C.BPoder, a suavidade com que os crimes de ódio são tratados colabora para estes serem tidos como “nos limites da liberdade de expressão”. Dessa maneira, enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, os indivíduos continuarão impunes pelos seus crimes de ódio.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe ao Poder Executivo assegurar a devida investigação e punição contra crimes de discurso de ódio e promover anúncios, por intermédio de parcerias com canais midiáticos, que disseminem a empatia para o público com a finalidade de garantir que os cidadãos não ultrapassem os limites de liberdade de expressão e respeito. Quiçá, nessa via, o cenário pensado pelo narrador de “O Sonho de um Homem Ridículo” se assemelhará com a do país.

Compartilhar

6 Correções

  1. Olá, tudo bem?

    O seu texto está incrível, entretanto há falta de desenvolvimentos nos argumentos abordados.

    – busque desenvolver mais os itens que estão sendo citados ;
    – Sua escrita é ótima, parabéns;
    – Melhore as argumentações, não se prenda somente nas citações

    espero ter ajudado, busque revisar seu texto e melhorar seus pontos fracos. Você está um ótimo caminho, sua escrita é impecável.

    Espero ter ajudado, bons estudos. :)

    • 1
  2. Oi, Nayana
    Irei apontar alguns pontos que achei importante na sua redação. Primeiramente, parabéns pelo seu texto!
    Em geral, você possui uma estrutura de textos e conectivos muito boa. Mas eu senti falta de argumentos mais robustos para sustentar seu desenvolvimento. Também percebi que precisa melhorar na organização das ideias no desenvolvimento. Uma dica pessoal MINHA é que não precisa de tantas citações assim, no máximo 2 é o suficiente.

    Espero ter ajudado pelo menos um pouquinho.
    Estarei a disposição.

    • 1
  3. Olá, Nayana. Tudo bem?

    Antes de tudo, obrigada pela oportunidade de aprender com sua escrita, e parabéns pelo seu texto!

    Vou tentar lhe ajudar!

    Entretanto, por favor, retenha somente o que fizer sentido para você, ok?
    Caso queira, pode apontar quaisquer falhas cometidas por mim durante o meu raciocínio, de boa!
    E, tendo dúvidas, fico à disposição para trocar ideias.

    Minha análise a respeito de sua dissertação será de correção gramatical e ortográfica; avaliação da abordagem do tema.

    INTRODUÇÃO:

    “No conto “O Sonho de um Homem Ridículo” [4] é retratado um narrador que sonha com uma sociedade perfeita. Paralelamente à obra, constata-se que a realidade brasileira não está de acordo com a ideologia da obra [1], uma vez que os brasileiros não respeitam os limites entre liberdade de expressão e discurso de odio[2], que culmina na imperfeição do corpo social brasileiro. Desse modo, a ausência de simpatia [3] entre os cidadãos e a ineficácia jurídica se tornam aspectos relevantes para a problemática.“ [4] [5]

    [1] Ficaria melhor se colocasse a ideologia retratada por meio da obra. Ou a ideologia do autor. Porque?Tive a impressão de você ter dado traços animados a seres inanimados. Cuidado para não o trazer características a seres inanimados. Em outros tipos de texto isso pode ocorrer de boa, em texto dissertativo-argumentativo é melhor evitar porque ele tem como principal função ao da linguagem a referencial ou denotativa, a qual tem como objetivo informar.

    [2] Faltou o acento agudo de ódio, uma vez que é uma palavra: paroxítona terminada em ditongo (ó-dio) ou poderia pensar proparoxítona aparente (ó-di-o), daí todas as proparoxítonas são o acentuadas.

    [3] Empatia ficaria melhor para o contexto, já que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Enquanto simpatia é mais uma questão de afinidade.

    [4] Traria mais legitimidade se tivesse trazido o nome do autor.

    [5] De forma geral, a introdução esta bem estruturada: com o uso da técnica de abordagem de obra literária; com uso correto dos conectivos, com respeito ao paralelismo sintático.

    DESENVOLVIMENTO 1

    “Primeiramente, é cabível salientar que a falta de empatia”[2] contribui para a mazela. Nesse sentido, segundo a frase do dramaturgo Carlo Goldini, “Os homens sempre foram mais no ódio do que no amor”[3]. A partir disso, se faz notório a veracidade da frase do dramaturgo, haja vista a crueldade e a violência das mensagens destinadas, sobretudo virtualmente por jovens, a negros e membros da comunidade LGBTQIA[4] que não são investigadas devida a falsa crença de que esses discursos são opiniões pessoais, o que gera ódio e insegurança entre os indivíduos. Logo, [5] a ignorância e o preconceito prevalecem.”[1]

    [1] Parágrafo bem estruturado: dando progressividade ao texto, escrito em terceira pessoa, usando voz passava, orações subordinada substantiva e cuidando da concordância verbal e nominal.

    [2] Entendi agora porque preferiu usar simpatia na introdução, mas ainda assim mantendo minha orientação, aqui poderia ter usado solidariedade.

    [3] Aqui ha uma lacuna argumentativa, vejamos:

    Nesse sentido, segundo a frase do dramaturgo Carlo Goldini, “Os homens sempre foram mais no ódio do que no amor”[3]. Segundo ele o que?

    O que vem antes desse período e a sua opinião (tópico o frasal (TF)), depois o argumento de autoridade que destaquei, o qual deve ser usado para sustentar a sua defesa sobre o TF, porém não ao pode vir assim, sem nenhum acréscimo de algo de sua autoria.

    [4] Seria melhor ter coloca o +, FICANDO LGBTQI+ .
    [5] O uso dessa virgula que aqui faz é facultativa e denota ênfase, seria melhor não usar em redação. Relembro que o uso obrigatório de pontuação para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas é antes do conector e não depois. Sendo que o único conector em que e proibido usar virgula depois dele é o MAS. Logo os outros admitem uso facultativo para ênfase.

    DESENVOLVIMENTO 2

    Ademais, é válido destacar que a fragilidade dos marcos legais corrobora para a temática. Sob esse viés, segundo a antropóloga Lilia Schwarcz, há uma prática de eufemismo em determinados problemas. Diante disso, se faz perceptível que a atual sociedade brasileira confirma tal pressuposto, visto que, como salienta a magistrada Paula Ramalho em entrevista para o programa C.BPoder, a suavidade com que os crimes de ódio são tratados colabora para estes serem tidos como “nos limites da liberdade de expressão”. Dessa maneira, enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, os indivíduos continuarão impunes pelos seus crimes de ódio.[1]

    [1] Nesse paragrafo também há lacuna argumentativa. Quando você traz os argumentos de autoridade, e como se você estivesse dando voz a outros pensadores dentro do seu texto, mas o texto ainda é seu a voz principal deve ser sua. Poderia ter dado exemplos de como a fragilidade dos marcos prejudica o tema, preencheria essa lacuna.

    CONCLUSÃO:

    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe ao Poder Executivo [1] assegurar a devida investigação e punição contra crimes de discurso de ódio e promover anúncios, por intermédio de parcerias com canais midiáticos, que disseminem a empatia para o público com a finalidade de garantir que os cidadãos não ultrapassem os limites de liberdade de expressão e respeito. Quiçá, nessa via, o cenário pensado pelo narrador de “O Sonho de um Homem Ridículo” se assemelhará com a do país.

    [1] No sistema presidencialista, no qual o Brasil se enquadra existe divisão ao de poderes (legislativo, executivo e judiciário), cada qual com uma função precípua. O poder que você citou tem como função ao principal administrar. O mais adequado para finalidade que colocou, qual seja investigar e punir, e o judiciário que detém o poder de polícia. Ademais essa solução destoa um pouco da problemática levantada por você de que os marcos legais que são frágeis, se foi esse o seu argumento você deve tentar resolve-lo e se com uso de algum poder, esse seria o legislativo, que tem como função principal legislar.

    Fim!

    Espero ter ajudado, pelo menos, o tanto que a análise de sua redação me ajudou.

    Agora é a sua vez de JULGAR, avalie se minha dedicação merece ser a MELHOR CORREÇÃO. Não ficarei triste se for para outro colega, contudo é muito importante avaliar, pois incentiva correções melhores.

    Até a próxima!

    • 1
    • Repostei pois identifiquei muitas incorreções em minha escrita. Tentando praticar texto de gaveta.

      Antes de tudo, obrigada pela oportunidade de aprender com sua escrita, e parabéns pelo seu texto!

      Vou tentar lhe ajudar!

      Entretanto, por favor, retenha somente o que fizer sentido para você, ok?
      Caso queira, pode apontar quaisquer falhas cometidas por mim durante o meu raciocínio, de boa!
      E, tendo dúvidas, fico à disposição para trocar ideias.

      Minha análise a respeito de sua dissertação será de: correção gramatical e ortográfica; avaliação da abordagem do tema.

      “No conto “O Sonho de um Homem Ridículo” [4] é retratado um narrador que sonha com uma sociedade perfeita. Paralelamente à obra, constata-se que a realidade brasileira não está de acordo com a ideologia da obra [1], uma vez que os brasileiros não respeitam os limites entre liberdade de expressão e discurso de odio[2], que culmina na imperfeição do corpo social brasileiro. Desse modo, a ausência de simpatia [3] entre os cidadãos e a ineficácia jurídica se tornam aspectos relevantes para a problemática.“ [4] [5]

      INTRODUÇÃO:
      [1] Ficaria melhor se colocasse [a ideologia retratada por meio da obra]. Ou [a ideologia do autor]. Porquê?Tive a impressão de você ter dado traços animados a seres inanimados. Cuidado para não trazer esse tipo de recurso para seu texto dissertativo-argumentativo. Em outros tipos de texto isso pode ocorrer de boa, entretanto em dissertativo-argumentativo é melhor evitar porque ele tem como principal função da linguagem a referencial ou denotativa, a qual tem como objetivo informar com clareza. Diferentemente da poesia, por exemplo, que tem como objetivo causar estranhamento, fazendo uso da função poética.

      [2] Faltou o acento agudo de ódio, uma vez que é uma palavra: paroxítona terminada em ditongo (ó-dio) ou poderia pensar proparoxítona aparente (ó-di-o), daí todas as proparoxítonas são o acentuadas.

      [3] [Empatia] ficaria melhor para o contexto, já que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Enquanto [simpatia] é mais uma questão de afinidade.

      [4] Traria mais legitimidade se tivesse trazido o nome do autor expresso no texto.

      [5] De forma geral, a introdução esta bem estruturada: com o uso de técnica por meia da abordagem de obra literária; com uso correto dos conectivos, com respeito ao paralelismo sintático e ortográfico.

      DESENVOLVIMENTO 1

      “Primeiramente, é cabível salientar que a falta de empatia”[2] contribui para a mazela. Nesse sentido, segundo a frase do dramaturgo Carlo Goldini, “Os homens sempre foram mais no ódio do que no amor”[3]. A partir disso, se faz notório a veracidade da frase do dramaturgo, haja vista a crueldade e a violência das mensagens destinadas, sobretudo virtualmente por jovens, a negros e membros da comunidade LGBTQIA[4] que não são investigadas devida a falsa crença de que esses discursos são opiniões pessoais, o que gera ódio e insegurança entre os indivíduos. Logo, [5] a ignorância e o preconceito prevalecem.”[1]

      [1] Parágrafo bem estruturado: dando progressividade ao texto; escrito em terceira pessoa; usando: voz passiva, orações subordinada substantiva; cuidando da concordância verbal e nominal.

      [2] Entendi agora porque preferiu usar simpatia na introdução, mas ainda assim mantendo minha orientação, aqui poderia ter usado solidariedade.

      [3] Aqui há lacuna argumentativa, vejamos:

      Nesse sentido, segundo a frase do dramaturgo Carlo Goldini, “Os homens sempre foram mais no ódio do que no amor”[3]. Segundo ele o quê?

      O que vem antes desse período é sua opinião (tópico o frasal (TF)); depois do argumento de autoridade que destaquei, deve ser usado para sustentar a sua defesa sobre o TF, porém em seu texto teve isso nesse trecho. Não pode vir assim, sem nenhum acréscimo de algo de sua autoria coadunando com o argumento de autoridade apresentado.

      [4] Seria melhor ter coloca o +, ficando: LGBTQI+ .

      [5] O uso dessa virgula que aqui faz é facultativa e denota ênfase, seria melhor não usar em redação. Isso mostrará o seu domínio das regras e adequação delas aos vários tipos de texto. Relembro que o uso obrigatório de vírgula para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas é antes do conector e não depois. Sendo que o único conector em que é proibido usar vírgula depois dele é o MAS. Logo os outros admitem uso facultativo para dar ênfase.

      DESENVOLVIMENTO 2

      Ademais, é válido destacar que a fragilidade dos marcos legais corrobora para a temática. Sob esse viés, segundo a antropóloga Lilia Schwarcz, há uma prática de eufemismo em determinados problemas. Diante disso, se faz perceptível que a atual sociedade brasileira confirma tal pressuposto, visto que, como salienta a magistrada Paula Ramalho em entrevista para o programa C.BPoder, a suavidade com que os crimes de ódio são tratados colabora para estes serem tidos como “nos limites da liberdade de expressão”. Dessa maneira, enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, os indivíduos continuarão impunes pelos seus crimes de ódio.[1]

      [1] Nesse paragrafo também há lacuna argumentativa. Quando você traz os argumentos de autoridade em SEU texto, é como se você estivesse dando voz a outros pensadores dentro do SEU texto, mas o texto ainda é SEU, portanto a voz principal voz deve ser a SUA. Dica: poderia ter dado exemplos concretos de como a fragilidade dos marcos prejudica as vítimas, é uma forma de preencher lacuna argumentativa.

      CONCLUSÃO

      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe ao Poder Executivo [1] assegurar a devida investigação e punição contra crimes de discurso de ódio e promover anúncios, por intermédio de parcerias com canais midiáticos, que disseminem a empatia para o público com a finalidade de garantir que os cidadãos não ultrapassem os limites de liberdade de expressão e respeito. Quiçá, nessa via, o cenário pensado pelo narrador de “O Sonho de um Homem Ridículo” se assemelhará com a do país.

      [1] No sistema presidencialista, no qual o Brasil se enquadra existe divisão dos poderes (legislativo, executivo e judiciário), cada qual com uma função precípua. O poder que você citou tem como função ao principal administrar. O mais adequado para finalidade que colocou, qual seja, investigar e punir, é o judiciário que detém o poder de polícia. Ademais essa solução destoa um pouco da problemática levantada por você de que os marcos legais são frágeis, se foi esse o seu argumento você deve tentar resolve-lo e se com uso de algum poder, esse seria o legislativo, que tem como função principal legislar.

      Fim!

      Espero ter ajudado, pelo menos, o tanto que a análise de sua redação me ajudou.

      Agora é a sua vez de JULGAR, avalie se minha dedicação merece ser a MELHOR CORREÇÃO. Não ficarei triste se for o título for para outro colega, contudo é muito importante avaliar, pois incentiva correções melhores.

      Até a próxima!

      • 1

Você precisa fazer login para adicionar uma correção.