Os limites do humor

O programa de televisão brasileiro “Programa do Jô”, apresentava, antes de seu término, entrevistas feitas à famosos, com o intuito de utilizar a diversão e o precário humor sem limites em suas falas. Nesse contexto, observa-se que a narrativa não diverge da realidade brasileira, visto que, a problemática se deve ao uso indiscriminado e abusivo da liberdade de expressão e, indubitavelmente, gera graves transtornos psicológicos aos indivíduos.

Mediante ao elencado, a Constituição Federal de 1988, assegura a todos os cidadãos o direito à liberdade de expressão e ao bem-estar social. No entanto, vê-se que, no âmbito hodierno, programas e canais televisivos utilizam de suas garantias para obter maior visibilidade e, consequentemente, abusam da premissa de que “tudo é válido no humor”. Desse modo, o limite da comédia passa a ser vista como uma utopia e, certamente, deixa de ser um direito.

Por conseguinte, de acordo com a Agência Nacional de Jornais (ANJ), publicações sobre stand up – comédias de espetáculo – crescem cada vez mais e, dessa forma, nota-se a alta preferência pelo estilo recente. Além disso, a manipulação errônea do humor acarreta transtornos psicológicos como bullying, depressão e desconforto ao, involuntariamente, notar que se é o alvo da comédia e das críticas “engraçadas” presente no local.

Em suma, é imprescindível que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em conjunto com a utilização midiática, promova campanhas contra o uso impróprio do humor, por meio de comerciais televisivos que informem ao público sobre as consequências da comédia inadequada. Logo, os comerciais devem ser exibidos diariamente, com o intuito de informar e alertar os indivíduos. Espera-se com essa ação que o uso indiscriminado da liberdade de expressão seja reduzido ou, até mesmo, dissipado.