No filme “Jurassic Park”, é retratado a criação de um santuário para dinossauros, que voltam a existir por meio de experimentos biológicos. Ao longo da trama, é revelado que patrocinadores enxergam o lugar como um grande investimento na área do entretenimento, porém tem ressalvas em relação à segurança dos futuros visitantes. Essas inseguranças acabam se tornando válidas, já que o parque realmente entra em colapso, não conseguindo manter o equilíbrio do ambiente, causando mortes e consequentemente, torna o feito científico um verdadeiro fracasso. Fora da ficção, fica claro que a situação hipotética do filme se relaciona à importantes questões do século XXI: os limites éticos de experimentos científicos e até onde a ciência pode afetar nossa natureza, além dos riscos que futuras inovações podem trazer.
Em primeiro lugar, é importante destacar que, diferente da moral, ética é um conceito individual, que nos força a optar, sendo basicamente um juízo de valores. No período após a Segunda Guerra Mundial, o mundo tomou conhecimento sobre pesquisas feitas em campos de concentração por médicos alemães, usando judeus como cobaias. Como resultado, criou-se o código Nuremberg, que estabelecia regras e limites para pesquisar científicas, não só para respeitar a integridade de seres humanos, como também visava garantir que os resultados pudessem ser obtidos de forma correta. No entanto, em 2018, o cientista chinês He Jiaunk anunciou o nascimentos de duas bebês geneticamente modificadas para se tornarem imunes ao HIV, sendo altamente criticado pela comunidade científica, que considerou o experimento desnecessário e perigoso. Segundo a pesquisadora Lygia da Veiga, “Isso mostra que muitos países tem formas diferentes de pensar sobre a que riscos você pode submeter uma pessoa.”, mostrando o quão frágil essa evolução da ética científica pode ser na prática.
Além disso, nem sempre pesquisas afetam diretamente os seres humanos, mas todo o funcionamento da natureza em função de um resultado. Embora muitas espécies animais e vegetais tenham sido extintas principalmente pela ação do homem, atualmente vem se ponderando sobre a possibilidade de traze-las de volta à existência, o que abre discussões sobre os possíveis riscos, como o desequilíbrio de ecossistemas e a necessidade . A notícia de que os cientistas da Harvard George Church conseguiriam criar um embrião do mamute lanoso, por exemplo, traz de volta o questionamento feito pelo personagem de “Jurassic Park”: “Seus cientistas estavam tão preocupados se conseguiriam ou não fazer isso que não pararam para pensar se deveriam”. Paralelamente, os governos da China e do EUA, investem para a criação de um sistema que controla o tempo, fazendo chover em áreas de agricultura e seca, enquanto evita enchentes e deslizamentos em lugares com esse risco. Logo, observa-se que existe uma certa ambiguidade em torno dessas inovações, que podem beneficiar milhares de pessoas ou causar grandes catástrofes naturais.
Portanto, é necessário que instituições globais tomem providências necessárias para resolver futuros problemas que possam vir a existir. Para que sejam respeitados os limites humanitários e evitar que indivíduos ou ecossistemas vulneráveis sejam afetados em prol de inovações, urge que a ONU garanta o cumprimento dos Direitos Humanos e promova o desenvolvimento ético da ciência, por meio de documentos, conferências mundiais e parcerias com instituições locais. O engajamento de países do mundo todo, colaborando para que a ciência sejam evitados acidentes irreversíveis, é de suma importância para que a ciência cumpra seu papel primordial.
Marcos011
Olá, como estás? Achei muito boa sua redação, de verdade, mas tem uns pontos que eu queria destacar ( eu estou tomando como base o modelo de redação ENEM)
Excesso de repertórios : é sempre bom usar repertórios, 2 a 3 na redação é uma ótima escolhas, mas quando há muitos deles o seu argumento fica vago. No desenvolv. 1 há 3 repertórios, o que faz com que sua opinião seja meio que deixada de lado.
Sua introdução está ótima, com tese e argumentos bem definidos, mas eu reduziria a explicação sobre o repertório ( no entanto, se você consegue fazer toda a redação em 30 linhas está ok então).
Conclusão: eu senti falta do detalhamento da proposta de intervenção – você poderia detalhar a função da ONU, por exemplo.
Enfim, sua redação está bem feita, só atente a esses pontos que eu destaquei.
obs: não sou nenhum especialista, apenas um estudante.
Sucesso para você.
Johnncley
Competência 1: Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita. 180.
Competência 2: Desenvolve o tema muito bem, apresenta domínio suficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão. 200.
Competência 3: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. 200.
Competência 4: Articula as partes do texto, de forma suficiente, e apresenta repertório ilimitado de recursos coesivos. 200
Competência 5: Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto. 180.
TOTAL: 960.