Corrijam no modelo vestibular, não é pra enem.
A história ilustra a estagnação
A revolução francesa foi um acontecimento histórico que ocorreu num cenário de extremo contraste social e buscava entre seus ideais igualdade e fraternidade, para que se fosse possivel ter uma sociedade pacífica.Contudo, mesmo após todo o processo revolucionário tais premissas,consideradas de grande valor humanitário, perderam efetividade ao surgir a figura de Napoleão Bonaparte, o qual voltou a espalhar o medo e a desigualdade por toda a Europa. Nesse sentido, tal contexto histórico ilustra como o corpo social pode ou não evoluir, aprender e se sensibilizar após vivenciar o verdadeiro caos. Logo, torna-se preciso analisar as circunstâncias que impedem a coletividade de evoluir em sua humanidade: individualidade e a banalização dessa estagnação.
É lícito,a priori, destacar a individualidade como fator que corrobora para estagnação da evolução humana, pois, esse comportamento, característico da sociedade moderna, contrasta com o ideal do corpo social, o qual prever ações coletivas para o bem-estar de todo o conjunto. Nesse viés, o sociólogo Zigmunt Bauman, afirma que vivencia-se tempos em que as relações são superficiais, isto é, liquídas e ,portanto, a preocupação com a individualidade tende a se sobressair em detrimento do coletivo. Desse modo, indivíduos propiciam ainda mais a quebra do sinergismo ecológico para obtenção de lucro, ou seja, êxito pessoal, enquanto os impactos ambientais são noticiados, afetando toda a população, que sofre com os efeitos, por conta da falta de sensibilidade de quem explora. Para além disso, é notório que mesmo após um cenário de pandemia do coronavírus, pessoas morrem de depressao e sofrem com a ansiedade, situações essas que podem ser perpetuadas pelo individualismo, pois,a falta de cuidado e amor com o próximo impede a ajuda nescessária.
Em segunda análise, é pertinente ressaltar que a naturalização desse mal na sociedade contribui para continuação desse cenário, visto que, segundo a filósofa Hannah Arendt o pior mal é o corriqueiro, cotidiano, pois a sociedade enxerga como norma. Desse modo, percebe-se ao longo da história diversas situações caóticas, em que o corpo civil evoluiu lentamente ou permaneceu estagnado , já que é banal, a princípio, a comoção e logo em seguida o esquecimento. Exemplo disso, foi o esforço que ciência fez para descobrir a vacina contra a Covid19, chegando até ao record de tempo de fabricação para conter os óbitos. Entretanto, enfrentou dificuldade para vacinar pessoas que não pensaram em todo o conjunto, mas somente em afetar o restante com sua desinformação mesmo em um contexto cercado por mortes
Em suma, é perceptível que a falta ou a lenta evolução humana posterior ao caos tem como contribuintes o individualismo e a banalização desse mal, o que se configura como um problema de cunho social. Logo, é ideal o engajamento de todos os seguimentos sociais para erradicação dessa problemática, para que seja possível garantir uma sociedade efetivamente evoluída em sua humanidade. Desse modo, se iniciará uma nova história tendo como característica principal a evolução humana em sua totalidade.
Enzo4150p
Seu texto está impecável, conseguiu argumentar de forma coerente e clara.
A única coisa que me incomodou foi a introdução, pois ficou muito grande com a explicação da Revolução Francesa. Isso não é um problema, mas poderia resumir.
Seu repertório sociocultural foi adequado ao tema e não fugiu do assunto.
Certamente você tiraria nota máxima ou perto.
Parabéns !!!!!!
Irabella21
Nota: 960
Seus argumentos foram muito bem articulados, o que tornou a leitura fluida e de fácil entendimento.
Você também possui um excelente domínio da norma culta da Língua Portuguesa. O tema foi muito bem apresentado através da referência históricada Revolução Francesa. Foi muito interessante citar Bauman no seu desenvolvimento também.