Os impasses éticos e morais do uso de Inteligência Artificia

  • 1

O mito da caverna, de Platão, descreve a situação de pessoas que se recusavam a observar a verdade em virtude do medo de sair de sua zona de conforto. Fora da alusão, a realidade brasileira caracteriza-se com a mesma problemática no que diz respeito dos perigos das decisões baseadas nas inteligências artificiais (IA). Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação, que possui a lenta mudança na mentalidade social e a base educacional como influenciador.

Em primeiro plano, é preciso atentar para a lenta mudança na mentalidade social presente na questão. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que a questão da IA é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social despreocupado com a ética cibernética, a tendência é a população adotar esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa.

Além disso, os riscos cibernéticos encontram terras férteis na falta de conhecimento dos seus consumidores. Nesse sentido, o filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo
de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre os perigos de um computador tomar decisões em seu lugar, sua visão será limitada, o que dificulta a erradicação do problema.

É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Segurança Pública deve investir em segurança cibernética, promovendo o menor risco possível para a população. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas palestras ministradas por psicólogos, que discutam sobre as inteligências artificiais que estão no nosso dia a dia, afim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para distanciar o mito da caverna de Platão.

Compartilhar

3 Correções

  1. Parabéns!! Você escreve divinamente bem, mas ainda observei alguns poucos errinhos. Vou fazer uma correção por parágrafos e no final dou uma nota, pode ser? =) Não sou especialista, mas espero ajudar como puder! :)

    INTRODUÇÃO
    -começou muito bem, fazendo uma alusão com a teoria de Platão à realidade moderna
    -desenvolveu muito bem sua tese e foi bastante claro nas 2 problemáticas
    -algumas observações: troque “dos perigos” para “aos perigos” e coloque uma vírgula após “problemática”

    ARG 1
    -muito bem desenvolvido e argumentado
    -fez uma citação a um sociólogo, o que reforçou o seu ponto de vista, poderia ter utilizado mais alguma informação ou explorado outras áreas do conhecimento, pra dar mais força a sua ideia, mas ficou ótimo de qualquer forma
    -não observei nenhum erro de acentuação ou pontuação
    -o uso dos conectivos está muito bom e deixou seu texto mais rico e esteticamente bonito

    ARG. 2
    -sem erros de acentuação ou pontuação
    -muito bem desenvolvido e organizado
    -uso dos conectivos corretos

    CONCLUSÃO
    – O QUE: investir na segurança cibernética || ?
    -COMO: ? || palestras nas escolas
    -QUEM: Ministério da Segurança Pública || MEC
    -PRA QUÊ: para promover o menor risco possível para a população.
    DETALHAMENTO: afim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para distanciar o mito da caverna de Platão. (houve uma retomada à introdução, o que é ótimo)
    -No enem não é obrigatório resolver as duas problemáticas, basta uma, mas se vc quiser, pode ser as duas, sem problema. Mas, observe que você acabou se perdendo na conclusão e deixou ambas incompletas, a dica é: sempre faça as 4 perguntas (O QUE, COMO, QUEM e PRA QUE) mentalmente, isso ajuda bastante

    Olha, Alex vou ser sincera, não gostei muito da sua redação… eu AMEI! Você escreve muito bem, e possui um repertório bem rico em filo/socio. Desenvolva mais sua conclusão, recomendo ler redações nota 1000.

    C1: 200 (sem erros grave de gramática/acentuação/pontuação)
    C2: 180 (explorou muitas áreas do conhecimento, aposte também em informações atuais)
    C3: 200 (muito bem argumentado, organizado e coerente)
    C4: 200 (ótimo uso dos conectivos)
    C5: 160 (procure sempre responder as 4 perguntas)
    NOTA: 940

    • 4
  2. Olá, eu irei avaliar a sua redação com base nas competências do ENEM:
    Competência 1 – domínio da norma culta da língua escrita.(200)
    Não vi erros.
    Competência 2 – compreender a proposta da redação.(120)
    O contexto usado – no seu caso, o do mito da caverna do Platão – apesar de até apropriado, não facilita, na minha opinião, a introdução do leitor à questão da inteligência artificial – por exemplo, você poderia ter feito um paralelo, falando, inicialmente, dos benefícios da IA, mas depois se utilizando de um período como: Todavia, apesar de todos os benefícios, a IA, em um futuro próximo, pode se configurar como um impasse devido a isso e a aquilo. A tese é coerente, mas, os seus dois pontos, basicamente, são a mesma coisa – mentalidade social está relacionada à educação, já que a mentalidade social é produto, principalmente, da educação.
    Há o uso de repertório sociocultural – conhecimento de áreas como filmes, música, além de sociologia, argumento de especialistas e etc. No entanto, elas são citadas muito superficialmente, o que demonstra pouco domínio das mesmas.
    Competência 3 – coerência do texto.(120)
    Aqui é avaliado coisas como a organização do argumento, a relação entre os parágrafos e assim vai – todas essas contribuem para o quão fluida será a leitura.
    No primeiro parágrafo, não há uma argumentação relativamente profunda – por exemplo, o que é essa ética cibernética e o que causa a despreocupação com a mesma?.
    A citação ao Durkheim não introduziu nada muito considerável – basicamente, com base no entendimento do texto, fato social é sinônimo de mentalidade coletiva, que inclusive é a tese.
    No segundo parágrafo, eu vi maior conexão entre os períodos. A citação ao Schopenhauer foi muito interessante. O seu ponto aqui ficou mais claro, mas ainda não há aprofundamento na discussão – por exemplo, quais são os problemas com a inteligência artificial? Você só falou que há problemas, mas quais?
    Eu também vi na conclusão a introdução de novas argumentos -citação do Paulo Freire e a questão de ainda haver entraves para a solidificação de políticos, sendo que, inclusive, isso não é nem algo que se possa concluir com base no exposto. Na conclusão, você se limita a discutir o exposto na introdução e no desenvolvimento, já que você está concluindo algo a partir dos dados encontrados lá.
    Competência 4 – conhecimento dos mecanismos linguísticos.(200)
    Eu só percebi um erro na concordância nominal (possui a lenta mudança na mentalidade social e a base educacional como influenciadorES.)
    Competência 5 – proposta de intervenção para o problema abordado.(160)
    A primeira proposta não possui detalhamento. Já a segunda está mais bem trabalhada – possui todos os pontos de uma boa proposta(agente, ação, meio, detalhamento e perspectiva).
    Nota:800

    • 1
  3. Olá, boa tarde !!
    Segue a correção abaixo:
    1. Domínio da escrita formal da língua portuguesa: 200
    2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto: 200
    3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 80
    4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação: 160
    5. Respeito aos direitos humanos: 160
    Total: 800

    • 1

Você precisa fazer login para adicionar uma correção.