Os Impactos econômicos e sociais da desindustrialização no Brasil.

Historicamente, até meados do século XX, a economia brasileira possuía, principalmente, caráter agroexportador. Porém, a partir do governo Vargas, foram investidos muitos recursos no setor industrial, transformando o lavrador em operário. Apesar da geração de empregos e aparente crescimento econômico, os avanços, nos campos da eletrônica e informática, alteraram a ordem econômica global; dessarte, devido aos investimentos nas universidades e abertura de mercado, por parte dos países desenvolvidos, emergiram os novos agentes da economia globalizada: as empresas de alta tecnologia. Contudo, os governos brasileiros não investiram nesta nova onda econômica, e, hodiernamente, sofrem com a tendência inevitável da desindustrialização, afetando economicamente e socialmente a população.

Em primeiro lugar, devido à diferença de atitude comparado aos países desenvolvidos, atualmente, grande parcela da população brasileira possui renda dependente do setor secundário; isto é um péssimo fato, visto a inexorável propensão deste setor diminuir – segundo dados do IBGE. Deste modo, quando o presente modelo industrial se tornar completamente insustentável, ocorrerá a falência de muitos, podendo acontecer uma recessão financeira nos moldes da crise de 29.

Ademais, caso medidas não sejam tomadas, além da quebra de muitos cidadãos, a arrecadação pública tornar-se-á menor, e pela alta dívida externa e a lei de responsabilidade fiscal, os recursos destinados a educação, saúde e serviços sociais seriam ainda menores, piorando, exacerbadamente, a qualidade de vida de todo o povo brasileiro, aumentando-se a miséria e todas as agruras advindas com ela.

Portanto, é mister que o estado, e outras instituições, tomem providências para superar o atual impasse. Para que se evite uma crise econômica, urge que os governos federais e estaduais apliquem recursos público em outro campo econômico (preferencialmente o tecnológico), diversificando a economia, por meio de decretos e emendas. É necessário também que os servidores públicos, do executivo e legislativo, se atentem a preparar melhor a mão de obra brasileira, não permitindo sua exportação, por meio do aumento de livre-mercado no Brasil. Somente assim o Brasil passará pela inelutável desindustrialização sem sofrer seus impactos negativos, pelo contrário, saindo dela competitivamente no mercado internacional.