Os impactos econômicos e sociais da desindustrialização no Brasil (corrijo de volta)

O filme “Jogos Vorazes” narra a história de Panem, uma cidade que possui doze distritos distintos entre si: enquanto uns são extremamente industrializados e modernos, em outros ainda predomina a vida campestre. Semelhantemente, na contemporaneidade, a desigualdade tecnológica também está presente, desta vez, escancarada pela desindustrialização, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil. Nesse sentido, torna-se indubitável debater acerca de como a crise financeira e a falta de matéria-prima nas empresas estão relacionadas com a baixa industrial no país.

Convém ressaltar, a princípio, que a desindustrialização está diretamente ligada ao deficit financeiro nacional. Nessa perspectiva, pode-se citar o conceito de Balança Comercial, que surgiu durante o mercantilismo do século XVIII, este afirma que para haver lucro financeiro, deve-se exportar mais do que importar. Entretanto, a baixa produção industrial brasileira não permite que isto aconteça: apesar do Brasil ser um grande agroexportador, o país precisa importar a maior parte dos produtos modernos de outras nações. Dessa forma, o deficit econômico acarreta em uma desvalorização da moeda e uma posterior crise financeira, além do aumento dos preços para a população.

Outrossim, a baixa quantidade de produção em larga escala também interfere na quantidade e qualidade de matéria-prima. Nesse viés, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos, cerca de 95% dos insumos farmacêuticos precisam ser comprados fora do país para atender à demanda da população. Com isso, vários casos demonstram a falta de infraestrutura na produção interna, principalmente durante a pandemia da Covid-19, tais como a lenta vacinação em solo brasileiro e as recentes faltas de oxigênio em Manaus. Assim, a desindustrialização no país prejudica a sociedade no que se refere à saúde e demais áreas que precisam das industrias.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas com o intuito de acelerar o processo de industrialização de forma integral no Brasil. É preciso que o Ministério da Economia reduza a exportação e incentive o mercado interno, por meio de acordos econômicos com outras nações e a redução burocrática e tarifária para as empresas, com o intuito de regular a balança comercial do país e atender as demandas sociais e financeiras da população. Por meios como esses, será possível frear os impactos da desindustrialização nacional e não se assemelhar a casos como o de “Jogos Vorazes.