Os impactos do excesso de telas no Brasil

O homem pré-histórico era nômade, vivia com um grupo de pessoas, precisava coletar e caçar para garantir sua alimentação e, além de todas essas atividades, ele era um ser que tinha contato direto com outras pessoas. Nessa perspectiva, o passado humano remete a interação social presencial, com gestos e articulações. No entanto, desde os processos de transformação no meio técnico-científico-informacional, o ser humano se distancia da comunicação presencial e se apropria da sociabilidade tecnológica, uma vez que dedica parte do seu tempo em frente às telas e essa atitude prejudica sua interação social e sua saúde.

Segundo o sociólogo Durkheim, o indivíduo tem seu primeiro contato social com a instituição familiar. Dessa forma, a família é responsável por moldar a criança conforme seus costumes, éticas e morais. Assim, quando a família apresenta os aparelhos tecnológicos, de forma precoce, ao indivíduo, ele tende a se isolar socialmente, visto que a socialização com outras pessoas é diminuída, por causa das distrações tecnológicas.

Além disso, de acordo com o médico Draúzio Varella, o excesso de telas, tanto para os jovens quanto para os adultos, pode acarretar em ansiedade e sedentarismo. Por esse motivo, ter controle sobre o tempo conectado as telas virtuais é fundamental para evitar a negligência com a saúde mental e física. Sendo assim, o tempo ocioso em frente aos smartphones faz com que o indivíduo prejudique as realizações das atividades do seu dia-a-dia, como comer, dormir e se divertir.

Fica claro, portanto, que o excesso de telas na vida moderna é um problema social e físico. Nesse sentido, é importante que a família coloque, no celular dos menores de idade, aplicativos que determinem o tempo que podem ficar conectados, a fim de diminuir a exposição em frente às telas. Ademais, a escola deve estimular a socialização e a prática de atividades físicas entre os jovens. Por conseguinte, a médio prazo, o homem moderno terá experiências sociais mais eficazes, assim como o homem pré-histórico.

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