Os impactos da poluição ambiental no Brasil

Na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, a sociedade foi marcada por grandes transformações no âmbito social, econômico e, principalmente, ambiental. Analogamente, no Brasil, as indústrias cresceram, novas tecnologias foram desenvolvidas, mas isso gerou também uma forte escassez de recursos naturais, bem como o agravo da poluição ambiental – um problema grave e hodierno. Diante desse viés emblemático, é possível preconizar que os impactos desse imbróglio emergem tanto da negligência estatal, quanto de uma lacuna educacional.

Nessa perspectiva, é indubitável que a indiligência do governo agrava esse dissabor. Isso porque de acordo sociólogo político Rousseau, o Estado, fonte das leis, é responsável por conservar o bem-estar da população, com base no que é justo, entretanto, isso não acontece no solo tupiniquim. Evidencia disso é que mesmo com a existência da Lei n.º 6.938/81 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que constitui poluição como crime, ainda assim, a nação brasileira ocupa o 4° lugar no ranking de países que mais emitem gases poluentes no mundo.

Paralelamente, a educação também é um fator que contribui para perpetuação desse empecilho. De acordo com o filósofo Sêneca, “a educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”. A partir disso, corroborando com a assertiva de Sêneca, a falta de educação ambiental, consequentemente, impede a formação de indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que buscam a conservação e preservação dos recursos naturais. Dessa forma, se a sociedade não for educada para ser consciente dos impactos das ações antrópicas ao meio ambiente, certamente, a emissão de CO2 e outros poluentes tendem a crescer paulatinamente.

Mediante ao exposto, é fulcral a tomada de medidas para resolver tal impasse. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação em parceria com as escolas públicas e privadas, educar e conscientizar a população sobre os cuidados necessários para conservação e proteção da natureza, através de palestras e de matérias com a temática ambiental inclusa na grade curricular. Outrossim, seria pertinente convidar Engenheiros Ambientais e Florestais para discorrer um pouco mais sobre o tema nessas aulas, agregando conhecimento. Tudo isso, com o fito de garantir que sociedade brasileira seja mais ecológica e consciente, pois, talvez assim, se estabeleça o equilíbrio socioeconômico e ambiental que tanto se almeja desde o início da revolução industrial.