Os idosos e as barreiras de acesso às novas tecnologias

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada a história de uma sociedade perfeita e caracterizada pela ausência de problemas. Oposto à ficção, a existência de problemáticas é presente no Brasil, visto que, há várias barreiras para o acesso dos idosos às novas tecnologias. Nesse sentido, inúmeros são os fatores responsáveis por esse impasse, entre eles, a negligência estatal e a ignorância social.

Em primeira análise, compreende-se que os meios tecnológicos são importantes para a integração social. Com isso, em 2011, a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) definiu a internet como um direito universal, porém, na prática, isso não é cumprido, já que, existe um ínfimo interesse estatal em instruir a população a respeito dos meios tecnológicos, principalmente os sexagenários, a exemplo, a grande quantidade existente de analfabetos digitais.

Outrossim, a não importância dada pelos os letrados digitalmente contribui significativamente para a exclusão de minorias. Segundo o filósofo grego Aristóteles, “todos têm, por natureza, direito de aprender”. Diferente da afirmação, pode-se notar que a inconsciência da sociedade prejudica a terceira idade, dado que, com base na construção sociocultural, esses são vistos como ultrapassados e que não conseguem aprender a lidar com o ambiente virtual, como exemplo disso, pouco anciões acessam as redes sociais.

Portanto, são necessárias medidas para a inclusão dos longevos nos meios digitais. Para isso, é dever do Governo Federal- instância máxima de poder executivo- investir em cursos tecnológicos por meio da contratação de profissionais qualificados para se ter um ensino facilitado. Ademais, a mídia tem que ampliar a divulgação dos cursos tecnológicos, tais como, televisão e rádio, por meio de campanhas publicitárias, a fim de disseminar a temática a todos. Dessa forma, a coletividade alcancará a sociedade dita por More.