No longa-metragem norte-americano “Coringa”, Arthur Fleck é um cidadão comum que, motivado pela estigmatização de suas condições psíquicas, advindas de uma formação populacional preconceituosa, começa a apresentar episódios violentos contra outras pessoas. Fora da ficção, milhares de brasileiros, assim como Arthur, sofrem com esses estigmas relacionados a suas doenças mentais, frutos da sociedade psicofóbica – má informada e discriminadora – e da negligência por parte do governo em investir em profissionais capacitados.
Em primeiro plano, é evidente como o preconceito perdura na sociedade atual, ao menos quando relacionado a doenças mentais. Segundo Ágnes Heller, filósofa e educadora húngara, o preconceito é uma forma de coesão social, ou seja, uma forma de socialização. Nesse sentido, discriminar uma pessoa não significa apenas julgar, independente de suas condições, e sim buscar diminuí-la perante a sua imagem. Dessa forma, o que muitos indivíduos buscam quando discriminam doentes mentais é nada mais do que se sentirem superiores, ainda que isso seja às custas da estabilidade mental do próximo.
Outrossim, a falta de suporte dos profissionais capacitados a ajudarem corretamente aqueles com sua saúde mental mais abalada é outro fator que corrobora a problemática. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Psicologia, mais da metade dos portadores de algum transtorno psíquico não têm devido acesso aos atendimentos, visto que a alta demanda inviabiliza um tratamento adequando, tendo em vista os investimentos precários na saúde feitos pelo Estado. Desse modo, é retirado das mãos dos profissionais habilitados a chance de reverter esse quadro negativo relacionado ao mal que é causado pela estigmatização desses pacientes, já que estes, sozinhos, pouco podem fazer.
Urge, portanto, que medidas sejam pensadas com o propósito de solucionar tais problemas. Logo, o Ministério da Saúde deve, por meio de campanhas midiáticas, vinculadas as redes sociais e canais televisivos, criar a “Semana da Conscientização e Incentivo ao Combate do Preconceito as Doenças Mentais”, a fim de reduzir a discriminação sofrida por essas pessoas. Ademais, cabe ao Ministério da Economia destinar uma maior parte do PIB para a capacitação de profissionais e ampliação de alas psiquiátricas em hospitais. Somente assim, o Brasil viverá uma realidade diferente da vivenciada por Arthur em “Coringa”.
Dhamarys Lorrayne
Olá, você escreve muito bem, se me permite gostaria de corrigir sua redação. Antes de tudo, preciso deixar claro que sou uma mera estudante e o que eu pontuar pode estar eventualmente errado. Bom, para mim sua introdução está perfeita, com uma contextualização pertinente, a abordagem do tema e com uma excelente apresentação das teses. Partindo para o seu D1 te aconselho a evitar o uso do “Em primeiro plano”, busque outros conectivos. Além disso, na maioria das vezes que aparecer o ponto final, comece a próxima frase com um conectivo, para que seja mais fácil você fechar a competência IV. Por exemplo: “Outrossim, a falta de suporte dos profissionais capacitados a ajudarem corretamente aqueles com sua saúde mental mais abalada é outro fator que corrobora a problemática. Nessa perspectiva, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Psicologia, mais da metade dos portadores… (Apenas uma sugestão)
Ainda nos seus parágrafos de desenvolvimento, busque utilizar a estrutura tópico frasal, argumentação\explicação e consequência. Você vai perceber que assim fica muito mais fácil, você não se perde e evita a repetição de ideias. Por fim, na sua PI você precisa seguir os 5 elementos exigidos nela. O agente, meio\modo, finalidade + o detalhamento. Percebi que você colocou todos os elementos, mas acredito que você poderia ter aprofundado mais na sua proposta e, ademais, evite o uso da palavra “solucionar”, se fosse tão fácil assim, o Brasil não estaria nesta situação, me entende? Prefira usar “amenizar”, mais uma vez, apenas uma sugestão. A seguir nota por competência:
I- 160
II- 160
III- 160
IV- 160
V- 160\200
Total: 800\840
Parabéns, continue praticando!! Você vai longe, tenho certeza. Precisando, conte comigo. Um grande abraço!!!