O Brasil, em vista da cultura portuguesa, indígena, alemã e de muitas outras- sofreu grande variação linguística. Assim, há muitas formas de expressar uma mesma ideia, o que ressalta a vivacidade da fala. Apesar disso, o preconceito relacionado à linguagem se constitui entrave, pois marginaliza quem não adere ao ”padrão de discurso elitista”. Logo, é imprescindível entender não só os impactos, mas também o que contribui com essa intolerância.
Em primeira análise, o poder do capital alimenta a indústria de massa, logo ‘’dita’’ padrões de consumo e estereótipo. Assim, quem não fala segundo tal paradigma é ‘’excluído’’. Aliás, as favelas, onde há muitas muitas pessoas que sequer concluíram o fundamental, tem origem nesse mesmo efeito segregacionista: de um lado estava a elite branca e de outro os escravos. Além disso, o mérito do estigma linguístico não é só brasileiro, haja vista a xenofobia. Contudo, a carência de políticas educativas no território só reverbera o cenário de desigualdade, o que fortalece os ‘’poderosos’’ e invizibiliza pessoas quanto à alfabetização- que é fundamental para diminuir aquele estigma.
Junto ao poder supracitado, está o baixo IDH do país que recai primeiramente na grande taxa de analfabetos. Este, além de adultos, atinge as crianças- entre 6 e 7 anos. Isso porque, segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , divulgada no ano corrente, o índice de iletrados naquela faixa etária disparou na pandemia- chegando a 40%. Por outro lado, o fato de ocupar o 84° lugar, recai também sobre a disparidade no crescimento da Região Nordeste para as demais. O que leva ao intenso fluxo migratório, sobretudo, para o polo industrial da Federação, onde as diferenças de sotaque deixam os retirantes à mercê de piadas e situações humilhantes. Tudo isso mostra, portanto, que a nação verde-amarela ainda é intransigente quanto às variações em análise, o que fere o agir comunicativo do filósofo Habermas.
Por conseguinte, a fim de adequar as pessoas quanto aos diferentes usos do idioma, e não subjugá-las, é viável que o Ministério da Educação amplie à aprendizagem da leitura e escrita não só para o ensino fundamental, mas para a pré-escola, a partir dos 4 e 5 anos. Isso deverá ser feito por meio do ‘’Programa Educa Kids’’ a cada semestre letivo. Junto a isso e no mesmo período, o mesmo órgão junto dos demais Estados, promoverá o ampliar do EJA (Educação de Jovens e Adultos) por meio de subsídios, cujo intuito será mitigar a discrepância entre elite e periferias, promovendo assim a filosofia da libertação: voz a todos indivíduos.
Herbert_Allen01
ANÁLISE GERAL
Boa tarde Daniel, tudo bem?? Gostaria de primeiro pontuar algumas principais incongruências em seu texto que podem afetar significativamente sua nota.
1. Senti que você acabou fugindo da proposta do tema, que era sobre os efeitos do preconceito linguístico e não sobre os fatores que corroboram com tal problemática, como você abordou nos parágrafos de desenvolvimento.
2. Há uma má articulação de ideias ao longo do seu desenvolvimento 1 e 2, pois há uma abordagem de tópicos variados que não estão bem relacionados entre si, evidenciando uma falta de coerência e planejamento de texto (Ex: no D1 você começa falando sobre poder do capital, depois parte para favelas, e em seguida comenta sobre um tópico histórico de segregação entre elite e escravos, e finaliza abordando políticas educativas, sem atribuir um foco principal ou relação entre todos esses elementos)
TÓPICOS POSITIVOS
1. Sua introdução é coerente, manipulando o elemento externo (presença de diversas culturas) muito bem, tornando seu parágrafo mais rico e contextualizado com o tema.
2. Sua conclusão possui os 5 elementos válidos (agente, ação, meio/modo, finalidade e detalhamento), o que é excelente para alcançar a pontuação máxima na competência 5.
ANÁLISE DETALHADA
Introdução:
* Linha 1: em vista da PRESENÇA daS culturaS (O uso da palavra “presença” traria maior coesão para seu período, pois do jeito que está, não fica evidente a relação dessas culturas com o Brasil/ Faltou colocar as palavras no plural, pois se trata de mais de uma cultura)
* Linha 2: se constitui UM entrave
* Em sua tese, você deveria ter abordado os efeitos do preconceito linguístico, sendo recomendado dividir em 2, um para cada parágrafo de desenvolvimento
Desenvolvimento 1:
* Como mencionado na exemplificação da análise geral, há uma ausência de planejamento de texto, sem foco no efeito do preconceito linguístico mencionado ( a exclusão de quem está fora dos estereótipos e padrões linguísticos impostos pela indústria de massa), provavelmente tangenciando o tema.
* Ocorre a ausência de repertório sociocultural para fortalecer seu argumento.
Desenvolvimento 2:
* Linha 1: ausência de um conectivo interparágrafo, dando início ao terceiro parágrafo de seu texto.
* Linha 4: 84º lugar aonde?? (Informação incompleta)
* Linha 5: uso inadequado do ponto de continuação
* Não foi abordado algum efeito no preconceito linguístico neste parágrafo, tangenciando o tema.
* Há a presença de dados que contribuem com o fortalecimento de seus argumentos, porém, o de Habermas foi pouco desenvolvido, não contribuindo muito com suas ideias (O corretor não tem a obrigação de ir pesquisar sobre o repertório para saber do que ele se trata, então sua explicação e relação com o argumento precisam estar explícitos no texto, contribuindo com o seu entendimento completo)
Conclusão:
* Linha 4: “Estados” deve ser iniciado com letra minúscula. ( Estado com letra maiúscula apenas quando se referir ao país)
ANÁLISE FINAL:
* Daniel, você parece entender o tipo de texto pedido e tem uma ótima criatividade quanto a elaboração de ideias para inserir nos seus argumentos. Mas é preferível que você condense elas, buscando apenas o necessário e desenvolva mais ele, relacionando melhor com o tema proposto.
* Indico que tu leia redações de nota 1000 para treinar melhor o seu planejamento de texto nos parágrafos de desenvolvimento
* Cuidado com o tangenciamento, foque apenas no que é pedido pelo tema.
* Boa sorte nas próximas redações. SUCESSO!!!
Rodighieri
Introdução: Na introdução você deve apresentar repertório sociocultural (de preferência um filme, série, música etc.). Além disso, você precisa delimitar tese 1 e 2 na sua introdução (Tese 1/2 é o que você irá falar no seu desenvolvimento 1 e 2, respectivamente).
Lembre-se também de sempre utilizar conectores após o ponto final de cada período.
Você DEVE retomar o tema na introdução.
D1 e D2: Se acostume à utilização do paralelismo (“Em primeira análise, vale considerar…” no Desenvolvimento 1 e “Em segunda análise, deve-se conceituar…” no Desenvolvimento 2), isso cria esse efeito chamado paralelismo.
Se atente ao uso dos conectivos sempre após o ponto final. (Ademais, Nessa perspectiva, Nesse sentido, Nessa acepção etc.)
Evite termos em que você utiliza parênteses.
Se atente às regras do uso da vírgula.
Faltou a utilização de repertório na introdução e no D1.
Evite o uso de % e valores muitos específicos como: “84° lugar”.
Conclusão: Você DEVE retomar o tema na conclusão e o repertório usado na introdução.
A conclusão deve conter os 5 elementos válidos:
Agente / Ação / Meio/Modo / Detalhamento / Finalidade
A ação não está evidente na sua proposta de intervenção, você poderia ter feito, assim, por exemplo: “[…]o Ministério da Educação deve ampliar a aprendizagem
Não está presente o detalhamento.
Não está presente a finalidade.
Minha nota final: 600
Nota final de acordo com a CIRA (Corretor Inteligente de Redações), se você quiser pode baixar o app na play store.