Os efeitos da quarentena e da pandemia do novo coronavírus nas crianças

Na obra literária “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Conquanto, o que se observa na sociedade brasileira é o oposto do que o autor prega, uma vez que a quarentena e a pandemia do vírus covid-19 tem afetado negativamente a vida de indivíduos ainda na infância. Esse cenário é consequência tanto da negligência do governo em relação a pandemia quanto da falta de providências tomadas pelos responsáveis das crianças.

Em primeira análise, é imperativo ressaltar a baixa atuação das autoridades governamentais como promotor do problema. De acordo com os últimos dados fornecidos pela OMS – Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o 1° lugar em mortes causadas pelo novo coronavírus. Partindo dessa perspectiva, o atraso na distribuição da vacina e a falta de um isolamento social eficiente retardam a resolução do empecilho, contribuindo para a perpetuação desse quadro antagônico.

Ademais, é importante pontuar a importância dos pais para a saúde mental de seus filhos. De acordo com um levantamento realizado na província chinesa Xianxim, a saúde mental das crianças revelou efeitos psicológicos negativos originados pela pandemia, tais como: pesadelos, dependência excessiva dos pais, falta de apetite e ansiedade. Devido a ausência de diálogo entre pais e filhos e a falta de acompanhamento psicológico, a debilidade mental dos jovens se agrava cada vez mais.

Com base nos argumentos apresentados, medidas são necessárias para amenizar o problema atual. O Ministério da Saúde deve fornecer acompanhamento psicológico gratuito e de qualidade para as crianças, via consultas virtuais de ao menos 30 minutos semanalmente com profissionais capacitados afim de garantir a saúde mental dos pequenos. Somente assim, podemos aos poucos alcançar a Utopia de More.