OS EFEITOS DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL

“Comer, comer, comer, comer é o melhor para poder crescer”. Conforme a cantiga de roda popular no Brasil, investir na alimentação é a garantia de um bom desenvolvimento na infância e perpetuação de uma saúde de qualidade na fase adulta. Todavia, o consumo excessivo de alimentos ocasiona a obesidade, sobretudo nas crianças. Por conseguinte, providências devem ser tomadas a fim de sanar tal inconveniente, considerando-se os pilares social e cultural.

Primeiramente, vale ressaltar que a obesidade afeta todas as classes sociais. O êxodo rural brasileiro desencadeou uma rápida urbanização. Sem um planejamento adequado, as ruas que acolhiam as brincadeiras de criança foram sobrecarregadas por um constante tráfego de veículos. O entretenimento infantil alterou-se e os movimentos tornaram-se escassos.

Ademais, a cultura moderna prioriza refeições que não possuem benefícios. Vestígios da globalização se tornam evidentes no país, a alimentação tem se resumido a produtos industrializados e os recorrentes fast-foods. Conforme a ideia de modernidade liquida de Bauman, aparentemente, o prazer imediato e a despreocupação com o futuro tem sido prioridade na vida do brasileiro, que deixa como legado para as futuras gerações esse estilo de vida.

Diante dos expostos é conveniente a admissão de métodos que objetivam a minimização desse cenário prejudicial. O Estado em parceria com as escolas deve promover palestras e aulas gastronômicas a fim de ensinar as crianças o modo adequado de se consumir, enfatizando a reeducação alimentar. A família, sendo a instituição básica na formação do indivíduo deve incentivar a adoção dos métodos aprendidos. Desse modo, minimizando efeitos,será possível vislumbrar os alimentos, de fato, como parte fundamental nas alterações que a liquidez atual necessita.