No futuro retratado pelo filme “Wall-e”, as pessoas se tornaram completamente dependentes da tecnologia para sobreviver. Paralelamente, isso também acontece na contemporaneidade, mas essa subordinação toma a forma da nomofobia — enfermidade caracterizada pelo vício no celular, as quais consequências englobam desde insônia até quadros de ansiedade e depressão. Seja por inércia da parte do estado ou por desconhecimento da população, uma coisa é certa: a conjuntura é favorável para a patologia, fazendo dela um desafio para a sociedade brasileira.
Com efeito, a falta de informações acerca da doença fazem dela não somente um mistério para quem a estuda, mas também intratável para quem é acometido por ela. Sob o viés de Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nesse sentido, a negação dessa máxima também é válida; não existe como alguém ser diagnosticado com uma doença que, tanto na concepção do paciente quanto do especialista, não existe. Visto que a causa não é tratada de maneira correta, a questão acaba por condernar o quadro mental da população afetada, esse que se agrava cada vez mais. Ante a perspectiva da magnitude de tais consequência, é notória a necessidade da resolução desse entrave na sociedade brasileira.
Outrossim, é considerável que a negligência do estado acerca do problema faz dele um panorama de crescimento contínuo no corpo social tupiniquim. Ante a perspectiva de Hegel, o Estado deveria proteger seus cidadãos da mesma maneira que um pai defende seus filhos. Sob essa ótica, o órgão interpreta um pai ausente, pois não ajuda sua “prole” nem com informações a respeito da doença, nem com suporte adequado para o tratamento dessa. Nesse sentido, ele faz o papel o qual o sociólogo polonês Zygmunt Bauman chamaria de “instituição zumbi” — existe, mas não cumpre sua funçãosocial. Sob a vista de que consequências o entrave pode causar na vida dos brasileiros acometidos por ele, é imprescindível que o estado faça seu papel e tome alguma atitude à respeito da situação.
Em suma, o a nomofobia pode causar graves consequências à classe acometida, e a questão precisa ser mitigada o mais rápido possível. Desse modo, é necessário que o ministério da saúde — órgão responsável tanto pela saúde física quanto mental do povo brasileiro — capacite os psicólogos em relação à essa patologia, por meio de bolsas governamentais direcionadas ao financiamento de cursos sobre a doença, a fim de especializar esses profissionais, que oferecerão tratamentos eficazes para os doentes. Ademais, é importante que a mídia, em parceria com esse ministério, enfoque em fazer campanhas informando sobre a doença, a fim de que todo a sociedade seja conscientizada a respeito dela. Dessa forma, o problema será mitigado, e a sociedade, diferentemente da obra cinematográfica supracitada, terá a tecnologia como aliada, e não como inimiga.
EduardoCardoso361
Sua redação está impecável, são só algumas coisas que precisam ser cuidadas
C1:160- Na introdução, “as quais” deve concordar com “enfermidade” e não com “consequências”, devendo, então, permanecer no singular. Ainda na introdução, a palavra “Estado”, na quarta linha, deve ser escrita com letra maiúscula.
Na última frase do seu D2, o “a” não deve ser craseado, pois “respeito” é uma palavra masculina.
Na conclusão, é importante que o nome do ministério seja escrito sempre com letra maiúscula, logo o correto seria “Ministério da Saúde”.
C2:200- Seu repertório é muito bom e bem utilizado
C3:160- Aqui seu projeto de texto levaria desconto. É importante se atentar à ordem das teses que você estabeleceu na sua introdução. Como você as apresentou da seguinte maneira: “Seja por inércia da parte do estado ou por desconhecimento da população”, então o seu D1 deve falar sobre a inércia do Estado e o seu D2 sobre o desconhecimento da população, mas você fez ao contrário.
C4:200- Uso muito bom dos conectivos.
C5: 200- Boa intervenção e conclusão
TOTAL: 920