Os desafios para combater a pirataria digital no Brasil no século XXI.

Os primórdios da pirataria surgiram na época das navegações, quando grupos de ladrões, mais conhecidos como piratas, velejavam em alto mar em busca de outros barcos para assaltarem. No contexto atual essa ideia transcende o mar e adentra a internet, um “mar” muito mais profundo e desconhecido por onde “piratas” navegam em busca de lucro. Essa prática, apesar de criminosa traz benefícios para pessoas que não tem acesso a conteúdos pagos, especialmente no Brasil onde os impostos e valores são altamente abusivos. O problema não está somente na pirataria, mas no motivo da sua proliferação: a desigualdade social e o preço absurdo dos serviços.

Com base nisso, é importante citar que a estrutura econômica brasileira funciona de uma forma altamente estadista, mas isso não é um problema em si, a questão é que o estadismo brasileiro pouco beneficia e muito prejudica o cidadão com impostos e taxações altíssimas em qualquer serviço. Uma grande parte desses impostos são utilizados para manter a esfera pública altamente cara e densa, concentrando uma quantidade absurda de capital na mão de poucas pessoas. Assim, com o alto custo, a pirataria é uma ótima opção para adquirir conteúdo que não está no espectro do padrão do cidadão brasileiro.

Em justaposição, cita-se a ideia de George Orwell em Revolução dos Bichos: “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros”, explica-se essa ideia relevando que para o governo e os empresários a pirataria é um crime hediondo, isso porque eles “não” veem o problema da forma como é. O motivo do público da pirataria ser difundida e composta de principalmente por pessoas com menor condição financeira, corrobora na ideia de Orwell sobre a desigualdade social. É evidente que a pirataria prejudica negativamente nas empresas e na forma como o cidadão se comporta, no entanto, combater a pirataria removendo as fontes não é efetivo, pois surgirá cada vez mais, até o dia em que a informação esteja acessível a todos, independentemente da renda.

Sendo assim, para que a pirataria seja combatida de forma correta e efetiva primeiramente é preciso que o Estado em especialmente o ministério da Economia, em conjunto com o ministério da Cidadania promova a integração cultural e a redução de impostos para o cidadão comum brasileiro, principalmente em serviços on-line de empresas multinacionais. Depois de resolvido esse problema, é necessário que o governo promova ações com a Equipe de Inteligência brasileira a fim de remover sites de pirataria, semelhantes as operações já existentes.