Os desafios para combater a intolerância LGBTQIA+ no Brasil (ENEM)

A Constituição Federal de 1988 é um documento que, apesar de recente elaboração, possui representatividade internacional pela sua vanguarda jurídica em garantir que a população brasileira tenha acesso aos direitos elementares, como a liberdade de escolha. No entanto, mesmo diante desse arcabouço normativo, os desafios para combater a intolerância LGBTQIA+ no Brasil demonstra limitação prática desse código legal, o que acaba por romper a harmonia social. Nesse sentido, é conspícuo como a mentalidade capitalista figura como origem dessa problemática. Assim, não só a influência da mídia, como também o sistema educacional falho aprofundam esse cenário calamitoso.

A influência midiática, desse modo, contribui, de forma culposa, para sintetizar uma sociedade preconceituosa no tocante à homossexualidade. Isso acontece porque, a mídia, em uma perspectiva mercadológica na atenção do telespectador, transforma o gay em alívio cômico nos produtos da indústria cultural, como novelas. A partir disso, ao estereotipar essa minoria, a gama midiática manipula o cidadão pueril que consome esses conteúdos, fazendo com que o estigma associado à comunidade LGBT, oriundo de apresentações escandalosas, continue vibrante no corpo social atual. Essa reflexão pode ser confirmada com a novela televisiva “Totalmente Demais”, na qual o personagem Max, por ser homossexual, é submetido a interpretações chamativas, dessa forma, servindo de fundo de humor na trama e, sem intensão, fomentando a intolerância social.

Ademais, é importante frisar que a falha educacional corrobora os desafios para combater a intolerância em frente ao movimento que tem as cores do arco-íris como símbolo. Essa situação surge da priorização de atividades conteudistas, com o foco na formação de mão de obra para integrar o mercado de trabalho e a secundarizarão de discursões sobre temas contemporâneos, como o respeito as diversidades. Como consequência desse viés preparativo, os alunos, em sua maioria, se tornam pessoas limitadas para entender a importância de respeitar aquilo que não é de sua cultura, por exemplo o casamento homossexual. Diante do exposto, o escritor Voltaire afirmou que “preconceito é opinião sem conhecimento”, de forma paralela à isso está a realidade do Brasil, uma vez que ações preconceituosas são advindas de uma educação frágil.

Portanto, inferem-se ações do Poder Público para mitigar o quadro vigente. Para isso, urge que o Ministério das Comunicações crie, por intermeio de verbas estatais, campanhas nos veículos de comunicação em massa, com o fito de massificar e estimular os brasileiros a serem tolerantes e respeitosos com as diferentes escolhas de gênero. Outrossim, é responsabilidade do Ministério da Educação implementar uma matéria de atualidades na grande curricular estudantil, para que a experiência escolar dos alunos em todos os âmbitos seja plena. Quem sabe assim, a harmonia social e o livre arbítrio deixarão de ser apenas um texto constitucional e se aplicarão à realidade do país.