Os desafios para a redução dos acidentes de trânsito no Brasil (02)

O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo n° 1, enfatiza que “o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos…”. Sendo assim, é dever da população prezar por esse direito. Entretanto, o atual cenário contemporâneo mostra-se antagônico em relação a isso, dado que a própria população brasileira denota empecilhos e dificuldades para um trânsito mais seguro, seja pela imprudência desses ou pela falta de informações promovidas pelos órgãos cabíveis.

Primeiramente, é fulcral enfatizar que grande parcela das ocorrências dos acidentes automobilísticos decorre da falha humana, ou seja, os próprios motoristas são responsáveis pela ocorrência dos acidentes devido às imprudências cometidas por esses. A fim de deliberar essa situação foram implementadas leis no Brasil, como a Lei Seca – n° 11.705 – em 2008. Todavia, essa lei apresenta grande ineficácia em regiões rodoviárias fora do âmbito de grandes centros urbanos ou metropolitanos, visto que o policiamento nessas áreas é inexistente ou de difícil acesso, fazendo-se necessário a promoção de medidas que contornem essa situação.

Ademais, é importante frisar a frase “conhecimento é poder”, cujo autor é o filósofo inglês Francis Bacon, em virtude de que os órgãos responsáveis pela segurança no trânsito – como o Sistema Nacional de Trânsito – não agem de forma eficaz perante esses empecilhos, uma vez que não há uma divulgação adequada de propagandas na mídia e a realização de palestras em colégios e universidades com o objetivo de informar e conscientizar a sociedade sobre aspectos que tornem o trânsito um lugar mais seguro.

Desta forma, há a necessidade da intervenção da Polícia Rodoviária Federal, juntamente com o auxílio do Sistema Nacional de Trânsito, a fim de promover medidas para um melhor policiamento de áreas rodoviárias do Brasil onde, até então, eram inexistentes. Portanto, também é indispensável a atuação desses na disseminação de métodos para um trânsito mais seguro, que auxiliem a população leiga na obtenção de informações, seja pela mídia, setores municipais e estaduais, colégios e universidades, etc. Em suma, visa-se a diminuição nas dificuldades das reduções de acidentes no trânsito brasileiro por intermédio dessas medidas.