Os desafios para a implementação da educação sexual no Brasil

Na série “Sex Education”, o jovem Otis tira dúvidas e dá conselhos para seus colegas sobre relações sexuais, as quais são feitas escondidas no ambiente escolar. Nesse sentido, fora da ficção, isso é uma realidade no Brasil, devido ao silenciamento escolar e à má influencia midiática.

Em primeira análise, o silenciamento escolar, no que tange à educação sexual, é um desafio a ser enfrentado, visto que é dever da escola dar orientações básicas aos jovens para, assim, atribuir corretamente o conhecimento sobre o assunto. Nessa perspectiva, conforme Zygmunt Bauman em sua obra “Modernidade líquida”, as relações sociais da era moderna são mais imprevisíveis, devido a maior liberdade e mudanças constantes, logo, observa-se a necessidade da maior atenção à temas relevantes, que podem causar danos futuros.

Em segunda análise, é imprescindível não mencionar à má influencia midiática, devido às novelas e programas, que abordam conteúdos sexuais de forma pejorativa. Nesse viés, de acordo com a Constituição Federal Brasileira, é dever do Estado garantir a todos o acesso universal e igualitário à saúde, tendo em vista que relações sexuais também podem afetar à saúde.

É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar o impasse. Para isso, o Ministério da Educação (MEC) deve implantar a educação sexual nas escolas, a qual será realizada por meio das aulas de ciências – teóricas e dinâmicas – a partir do oitavo ano, a fim de conscientizar os estudantes. Além disso, a mídia deverá elaborar propagandas, dando as devidas recomendações e orientações sexuais que, por meio dos grandes canais de comunicação serão divulgados, no intuito de promover a conscientização da população e principalmente dos jovens. Desse modo, a escola tornar-se-ia aberta sobre tais assuntos, logo, não abriria margem a encontros e falatórios escondidos, como na série Sex Education.