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Os desafios no combate à pobreza menstrual no Brasil

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Na Grécia Antiga, a pólis de Atenas foi a pioneira no conceito de “democracia”, embora não agregasse mulheres, estrangeiros e escravos. Hodiernamente, entretanto, o cenário da exclusão de gênero na exerção de direitos ainda não foi plenamente superado. Nesse viés, é válido destacar os desafios no combate à pobreza menstrual no Brasil, potencializados, máxime, pelas desigualdades sociais e pelos tabus acerca da menstruação.

A priori, constata-se que as maiores entraves diante da resolução do problema são as agudas discrepâncias existentes no território nacional. Sob esse prisma, a historiadora Lilia Schwarcz disserta sobre as desigualdades econômicas e de gênero como heranças coloniais diretas na estruturação da sociedade brasileira. Nesse sentido, as relações sociais no Brasil contemporâneo evidenciam-se como profundamente influentes no óbice da pobreza menstrual, mormente ao se tratar de uma questão que intersecciona adversidades de gênero e de classe – restringindo os direitos femininos, tendo em vista que limitam a vida de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Paralelamente, outro fator agravante de tal estorvo é a concepção de tabu no que tange à educação sexual e à menstruação em si. Nesse aspecto, o pedagogo Paulo Freire ressalta a importância do estímulo ao debate para mobilizar a colaboração. Dessa forma, o alastramento da problemática é, também, permitido pelos núcleos familiares e educacionais que, ao evitar abordar a discussão perante aspectos da menstruação, como a pobreza menstrual, não atuam como agentes combatentes e, portanto, dificultam a plena atuação da democracia, tal como na civilização ateniense.

Depreende-se, logo, a urgência na atuação interventora popular e institucional. Sendo assim, ONG’s nacionais devem, através de doações populares, mediar a distribuição de objetos sanitários menstruais por meio do apoio logístico estatal. Somente assim, e com amplo alcance nacional, emergirá um cenário mais otimista frente à pobreza menstrual e, gradualmente, mais distante das raízes desarmônicas brasileiras descritas por Lilia Schwarcz.

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1 Correção

  1. Oi, Thais. Não sou muito boa em corrigir redações, mas vou tentar dar o meu melhor.
    OBS: correção padrão ENEM
    C1: 160
    Alguns desvios gramaticais.
    C2: 200
    Os seus repertórios são excelentes, inclusive aprendi com eles. Porém, não achei o repertório da introdução coerente ao tema, então, ele é legitimo e pertinente, mas não produtivo. No entanto, você só precisa de um repertório que se enquadre nos três requisitos (legitimo, pertinente e produtivo)
    C3: 120
    Você já possui uma estrutura definida, a qual é ótima, apenas precisa melhorar em alguns pontos, pois achei em alguns momentos o texto confuso.
    C4: 120
    Você precisa começar os parágrafos com pelo ou menos dois conetivos operadores, por exemplo, desenvolvimento 1: “Diante desse cenário”, desenvolvimento 2: “Ademais” e “Outrossim”, conclusão: “Portanto” e “Destarte”. Além disso, cuidado com o “dessa forma” no desenvolvimento 2, ele indica conclusão, então, não ficou legal, aconselho colocar “A esse respeito”.
    C5: 200
    Pois possui os cinco elementos ( agente, ação, meio, finalidade e detalhamento), embora esteja um pouco confuso.
    TOTAL : 800

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