Os desafios no combate à fuga de cérebros no Brasil

De acordo com o poeta britânico Oscar Wilder, a insatisfação é o primeiro passo para mudança de uma nação. Nesse sentido, é evidente o descontentamento de pesquisadores e diplomatas, em relação às infraestruturas e aos financiamentos incapazes de cumprir com os projetos científicos direcionados ao progresso do país, destacando-se a falta de incentivos governamentais e tecnologia compatível com a linha investida contemporânea.

Em primeiro lugar, vale mencionar que, grande parte dos embarques de estudiosos, são direcionados aos países desenvolvidos, cujo amplo investimento e intenso apoio governamental, concede aos cientistas recursos suficientes para pesquisas eficientes. Conforme o índice de pesquisa e desenvolvimento (P&D), o Brasil, entre os anos de 2010 e 2018, deixou de investir no setor cerca de 8,6 bilhões de reais, causando o desânimo dos pesquisadores e retardando o avanço tecnológico brasileiro, tornando-o ultrapassado em relação aos demais países.

Ademais, a tecnologia limitada e sem alcance para os fins atuais, além da insuficiência dos aparelhos usados pelos cientistas, são fatores impulsórios do desejo exacerbado dos pesquisadores de redirecionar sua metodologia de trabalho para além das fronteiras brasileiras, descapacitando o país a desenvolver seu mercado tecnológico privado. Proporcionando perca da concorrência, desse tipo, internacionalmente.

Em suma, os desafios para combater a fuga dos intelectuais no Brasil, se mostra uma tarefa árdua. Dessa forma, compete aos Estados realizarem investimentos científicos, por meio dos tributos obtidos da venda de tecnologias, potencializando pesquisas e contribuindo para o progresso do projeto privado brasileiro. Adicionalmente, cabe ao governo incorporar tecnologias internacionais, por meio de acordos transnacionais, para impulsionar o avanço e suficiência da produção brasileira. Promovendo, dessa forma, um amparo aos diplomatas do país, para que garantam, com qualidade, o gradual progresso científico, e recebam o direito de boa estrutura trabalhista.