Os desafios enfrentados pela mobilidade urbana no Brasil

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade padronizada pela ausência de problemas. Todavia, tal concepção não é constatada na realidade brasileira, visto que a mobilidade urbana apresenta desafios a serem enfrentados no país. Logo, cabe analisar esse cenário ligado à ineficácia governamental e persuasão industrial.

A princípio, conforme Aristóteles, filósofo grego, “o papel da política é promover o bem-estar social”. No entanto, o que se nota é o contrário à ideia aristotélica, tendo em vista a negligência governamental diante da precariedade dos transportes públicos, como a superlotação e a crescente violência nesses âmbitos. Desse modo, é inaceitável que em um Estado democrático, os cidadãos não usufruam do direito à segurança e ao conforto nesses meios, devido à ineficiência do Governo.

Outrossim, destaca-se que indústrias automobilísticas criam propagandas e divulgam nos meios midiáticos, com o intuito de simbolizar o automóvel próprio como forma de “status”. Nessa ótica, a alienação impulsiona os indivíduos a comprarem cada vez mais carros para usá-los como meio de locomoção e símbolo de poder. Com efeito, o aumento desses veículos resulta, por exemplo, no agravamento do efeito estufa e poluição sonora.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para alterar tal cenário. Destarte, o Governo deve promover melhorias na mobilidade urbana, por meio dos impostos pagos pelos cidadãos, com o direcionamento de recursos financeiros aos transportes públicos e investimento em métodos alternativos, como o uso de bicicletas, com o intuito de incentivar a população a utilizar veículos seguros e menos poluentes.