Os desafios enfrentados pela adoção no Brasil

Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito à família e ao bem-estar social. No entanto, a adoção no Brasil enfrenta desafios que impedem que essas garantias sejam constatadas, de fato, na prática. Logo, cabe analisar esse impasse ligado tanto ao preconceito quanto à ineficiência do Governo.

A princípio, na série “Grey’s Anatomy” é abordado o desejo do casal Meredith e Derek em criar uma menina africana, já que eles são incapazes de ter filhos biológicos. Fora da ficção, o que se observa é a presença da visão preconceituosa, haja vista que diversas famílias preferem adotar crianças brancas, por considerarem essa cor de pele superior. Nessa ótica, é inaceitável que em um Estado dito democrático, haja tanta desigualdade, não permitindo o processo adotivo de forma igualitária.

Outrossim, conforme Aristóteles, filósofo grego, “o papel da política é promover o bem-estar social”. Todavia, o que se nota é a negligência governamental diante da forte burocracia para adoção no país, principalmente quando se trata de casais homoafetivos. Com efeito, há o crescimento do nível de desistência ligado a esse procedimento, o que culmina na perpetuação da orfandade e a lotação de orfanatos.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para alterar esse cenário. Destarte, o Ministério da Educação deve promover projetos elucidativos a respeito da importância dessa temática, por meio de palestras e campanhas que serão veiculadas nos meios midiáticos, por exemplo, na televisão. Essa ação terá intuito de romper estigmas sociais, como o preconceito, e incentivar a população a não desistir de adotar, devido ao mecanismo burocrático. Assim sendo, os cidadãos mais novos vão usufruir dos seus direitos constitucionais.