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os desafios dos refugiados no seculo XXI

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“Atravessamos o mar Egeu num barco cheio de fariseus, como os cubanos, sírios e ciganos, como romanos sem coliseu”. Tal trecho, da canção de Marisa Monte, evidencia a vulnerabilidade social dos refugiados no âmbito global, o que culmina na marginalização e na segregação social e espacial desses indivíduos.
Sob essa perspectiva, com a intensificação dos conflitos armados e das crises econômicas, milhares de pessoas buscam refúgio nos demais países, como Turquia, Inglaterra, França e Brasil. Nesse viés, a guerra na Síria, o domínio talibã no Afeganistão e a crise econômica da Venezuela contribuem no aumento do fluxo de refugiados, os quais se submetem às condições subumanas de trabalho, alimentação, transporte e moradia com o objetivo de se estabelecer em regiões que garantam a sobrevivência desses. Contudo, devido às condições insalubres, muitos indivíduos morrem antes de chegar ao destino pretendido e os poucos remanescentes são marginalizados e preteridos no âmbito social e, por vezes, deportados às nações de origem.
Outrossim, os estigmas e os estereótipos associados aos refugiados, como o aumento do desemprego, devido à suposta ocupação de cargos destinados à população nativa, e da criminalidade, contribuem para um sentimento de não aceitação de tais indivíduos e na xenofobia. Por conseguinte, durante a Era Vargas, criou-se a Lei de cotas para imigrantes como forma de restringir sua participação na sociedade brasileira e, durante o governo Trump, houve o planejamento para a construção de uma barreira física para coibir a entrada de mexicanos nos Estados Unidos. De forma análoga, atualmente, tem-se a criação de políticas segregacionistas e contingenciais que pretendem restringir a participação dos refugiados nos territórios nacionais. Ademais, a ocupação laboral desses migrantes nas “nações refúgio” é limitada aos cargos de baixa remuneração e ao subemprego, o que compromete a ascensão social e a qualidade de vida desses.                                                                                                           Logo, é notória a vulnerabilidade social dos refugiados. Dessa forma, faz-se necessária a atuação da ONU (Organização da Nações Unidas), em conjunto com a ACNUR (Alto-comissariado das Nações Unidas aos Refugiados), no incentivo ao acolhimento desses indivíduos e no atendimento das medidas estabelecidas nas Convenções de Genebra. Tais ações podem ser efetivadas por intermédio da efetivação das jurisdições previstas no Direito Humanitário Internacional e no fornecimento de suporte educacional, econômico e salutar aos países receptores. Assim, haverá uma maior seguridade social aos refugiados e evitar-se-ia a sobrecarga econômica e os movimentos xenófobos nesses territórios.
 

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1 Correção

  1. Oie! Também sou estudante, não lá especializada com redações, mas espero ajudar como posso. Vamos lá :)

    *INTRODUÇÃO*
    “Atravessamos o mar Egeu num barco cheio de fariseus, como os cubanos, sírios e ciganos, como romanos sem coliseu”. Tal trecho, da canção de Marisa Monte, evidencia a vulnerabilidade social dos refugiados no âmbito global, o que culmina na marginalização e na segregação social e espacial desses indivíduos.”

    > Bom repertório, só achei um pouco curta. Podia, não sei, ter escrito o nome da música ou contextualizado um pouco mais.

    *D1*
    “Sob essa perspectiva, com a intensificação dos conflitos armados e das crises econômicas, milhares de pessoas buscam refúgio nos demais países, como Turquia, Inglaterra, França e Brasil. Nesse viés, a guerra na Síria, o domínio talibã[1] no Afeganistão e a crise econômica da Venezuela contribuem no aumento do fluxo de refugiados, os quais se submetem às condições subumanas de trabalho, alimentação, transporte e moradia com o objetivo de se estabelecer em regiões que garantam a sobrevivência desses. Contudo, devido às condições insalubres, muitos indivíduos morrem antes de chegar ao destino pretendido e os poucos remanescentes são marginalizados e preteridos no âmbito social e, por vezes, deportados às nações de origem.”
    > [1] Acredito que Talibã seja em maiúsculo
    > Você argumentou muito bem sobre esses desafios. Senti falta, talvez, de uma citação ou ideia de algum filósofo. Mas dissertou muito bem.

    *D2*
    “Outrossim, os estigmas e os estereótipos associados aos refugiados, como o aumento do desemprego, devido à suposta ocupação de cargos destinados à população nativa, e da criminalidade, contribuem para um sentimento de não aceitação de tais indivíduos e na xenofobia. Por conseguinte, durante a Era Vargas, criou-se a Lei de cotas para imigrantes como forma de restringir sua participação na sociedade brasileira e, durante o governo Trump, houve o planejamento para a construção de uma barreira física para coibir a entrada de mexicanos nos Estados Unidos. De forma análoga, atualmente, tem-se a criação de políticas segregacionistas e contingenciais que pretendem restringir a participação dos refugiados nos territórios nacionais. Ademais, a ocupação laboral desses migrantes nas “nações refúgio” é limitada aos cargos de baixa remuneração e ao subemprego, o que compromete a ascensão social e a qualidade de vida desses. ”

    > Achei o parágrafo perfeito!!

    *CONCLUSÃO*

    Logo, é notória a vulnerabilidade social dos refugiados. Dessa forma, faz-se necessária a atuação da ONU (Organização da Nações Unidas), em conjunto com a ACNUR (Alto-comissariado das Nações Unidas aos Refugiados), no incentivo ao acolhimento desses indivíduos e no atendimento das medidas estabelecidas nas Convenções de Genebra. Tais ações podem ser efetivadas por intermédio da efetivação das jurisdições previstas no Direito Humanitário Internacional e no fornecimento de suporte educacional, econômico e salutar aos países receptores. Assim, haverá uma maior seguridade social aos refugiados e evitar-se-ia a sobrecarga econômica e os movimentos xenófobos nesses territórios.

    > Completa e bem desenvolvida!!


    Achei a redação ótima, numa visão geral!! Seus argumentos são muito pertinentes e certeiros, e seu posicionamento fica bem avidente. A única coisa que senti falta foi ter dado uma contextualizada um pouco maior… É claro que objetividade é bom, mas vez ou outra senti que poderia ter ido um pouco mais além em um mesmo argumento. São vários argumentos simultâneos que, embora bem esclarecidos, poderiam ser desenvolvidos individualmente um pouco mais.

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