Os desafios do trabalho informal e a quarentena no Brasil

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou pandemia em virtude do Coronavírus no dia 11 de março de 2020, estabelecendo assim, algumas medidas, dentre elas, a quarentena, decorrente disso, grande parte dos trabalhadores informais sofrem prejuízos, uma vez que estão impossibilitados de sair de casa. A economia se divide em duas grandes forças: oferta e demanda, ambas interrompidas, em função dessa pandemia. Os impactos negativos são perceptíveis , a saber, na oferta redução da produção e na demanda, diminuição do consumo. Nessa perspectiva como tudo isso afeta os trabalhadores informais?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), eles ocupam 41,4% da população, a exemplo de pedreiros, encanadores, eletricistas, entre outras. Que por não terem vínculos com empresas e nem renda fixa, não estão amparados pelas proteções e benefícios sociais. São profissionais de extrema importância na sociedade , e como esse ofício exige contato físico, pois frequentemente precisam ir as ruas, consequentemente ficando expostos ao vírus. Nesse sentido o Ministério da Saúde adotou regras, como a paralisação desses trabalhos evitando assim aglomerações para diminuir o contágio.

Regras como essas, de isolamento social ou quarentena, tem gerado muitos questionamentos, desde o início da pandemia, vive-se um dilema,”proteger-se e ficar sem renda “? Como mostra a reportagem que  Ana Santana, uma vendedora ambulante, participou para o site ‘apública’, ela disse que o que tem é apenas para manter os mantimentos da casa, e que as contas, certamente, não conseguiria pagar. Não se deve analisar apenas o impacto econômico do COVID-19 em um país ou perda do PIB, torna-se necessário ver o que isso significa para o indivíduo e entender o que significa se preocupar com sua alimentação e saúde, pessoas dependentes desta renda, não pode simplesmente parar de trabalhar. Mas afinal durante esse período, como conciliar a sua saúde e a economia?

Portanto, é importante que o poder público, o Ministério da saúde, a mídia, a população, ademais esferas governamentais, cada um assuma suas responsabilidades para o enfrentamento desse problema. Urge intensificar as medidas preventivas, manter os auxílios econômicos criados, promover avanços ao que tange a saúde com eficiência e agilidade em relação aos testes e resultados, divulgação de informações de forma a orientar as pessoas quanto a prevenção da doença, ressaltando a importância de criar uma rotina clara e organizada durante o isolamento social, todas estas medidas são importantes a fim de minimizar a expansão da pandemia.