Os desafios do sistema de segurança pública no Brasil

  As diretrizes de base da Constituição Federal do Brasil de 1988 defende o direito à saúde, educação e segurança de qualidade a todo e qualquer indivíduo brasileiro. No entanto, a falta de mobilização do Estado, torna o país o 9° mais violento no ranking mundial, divulgado pela ONU em 2018. Nesse sentido, convém analisar as causas, consequências, e possível solução do problema desse colapso nervoso no sistema de proteção comum nacional.

     Fica evidente pontuar, de início, que são consequências da dificuldade da confiança no serviço público, principalmente, a sensação de insegurança constante por parte da população e a descrença na seguridade estatal que fazem com que a realidade seja caótica. Isso ocorre, devido ao cenário de intensificação dos altos índices alarmantes de criminalidade (que é resultado das faltas de políticas comunitárias de amparo), o encarceramento em massa e o fortalecimento e desenvolvimento das facções criminosas. 

   É imprescindível complementar que o papel da polícia nesse cenário é de total influência, tendo em vista que está automaticamente ligada ao funcionamento da ordem da sociedade, proteção da comunidade e processos investigativos. No país é dado ao policial um fardo maior que o necessário, além de outros fatores que persuadem no exercício da função, como sobrecarga e desvalorização dos serviços prestados. Outrossim, o abuso de autoridade e a corrupção nos batalhões é algo que soma a esta problemática. Referências disso pode ser encontradas em dados colhidos pelo jornal O Globo, em 2018, que apontou que 20% das acusações do crime organizado no Rio Janeiro eram praticadas por agentes.

   Portanto, para que as prescrições constitucionais não sejam apenas teóricas, mas se tornem medidas práticas, é necessária uma ação conjunta com a sociedade civil para organizar por meio de projetos de leis mais específicos patrulhas policiais nas áreas mais afetadas pela criminalidade , juntamente com o aumento da pressão populacional com relação ao Poder Judiciário para aprová-los com o objetivo de promover o equilíbrio social e diminuir os casos de impunidade e ascensão dos jovens na vida do crime. Desta forma, manter o bem-estar e a saúde da população é garantir ordem e progresso da nação.