Os desafios do mercado de trabalho no Brasil contemporâneo

O filme “Tempos Modernos”, do roteirista Charles Chaplin, evidência o contexto de precarização do trabalho durante o processo de Revolução Industrial. Embora, no Brasil, tenha se estabelecido leis trabalhistas, a subalternação do trabalho têm se ampliado devido aos desafios atuais desse mercado. Sendo assim, expresso pela grande massa de desempregados e, por consequência, o elevado nível de qualificação requerida pelas empresas. 

A priori, é fulcral pontuar que o elevado número de desempregados representa um obstáculo do mundo de trabalho brasileiro. Segundo Émile Durkheim, sociólogo francês, o corpo social apresenta patologias quando não favorece o progresso coletivo. Sob essa óptica, as consequências do desemprego estrutural representam evidências desse estado de anomalia. Dessa forma, perceptível pelo processo de precarização do trabalho uma vez que, a falta de emprego sujeita os indivíduos à baixos salários e longas jornadas de serviço. Ademais, a necessidade de uma fonte de renda promove o crescimento do setor do trabalho informal, dificultando a ascensão social desse grupo. 

Por conseguinte, o mercado de trabalho se torna cada vez mais competitivo, no que concerne à exigência de maior qualificação profissional. De acordo com Milton Santos, no texto “Cidadanias Mutiladas”, a democracia, fundamental para  processo de escolarização, é efetiva apenas quando atinge a totalidade social. Nesse sentido, a ruptura dos direitos se apresenta na fragilidade de formação educacional da classe mais baixa, dificultando a inserção desse grupo em atividades profissionais de estabilidade. Desse modo, é notório a camada social que sofre mais impacto no contexto de desestruturação do trabalho, tendo em vista as condições requerida pelas poucas vagas disponíveis de trabalho.  Assim, os desafios no contexto desse mercado abrange toda estruturação da sociedade contemporânea. 

Portanto, medidas exequíveis são necessárias para mudança de paradigma. Dessarte, cabe ao Ministério do Trabalho, em parceria como o Ministério da Educação, promover projetos sociais que visam qualificar profissionalmente a classe mais baixa, por meio de investimentos financeiros em cursos gratuitos e ensino público de melhor qualidade. Nesse contexto, tendo a finalidade de reduzir as desigualdades enfrentadas pelos mais pobres frente a competitividade do mercado. Somente assim, atenuar-se-à, a médio e longo prazo, os efeitos nocivos dos obstáculos do mercado de trabalho, restringindo essa exploração aos filmes que retratam um passado distante como de Chaplin.