Os desafios do ensino à distância no Brasil

No filme norte-americano “Tudo e Todas as Coisas” é apresentada uma jovem estudante que, em razão de uma doença imunológica grave, usufrui das tecnologias computacionais para estudar em sua casa. Em contraste à obra cinematográfica, no cenário brasileiro contemporâneo, os desafios do ensino à distância mostram-se um obstáculo para o progresso social. Dessa forma, convém discorrer sobre os fatores que fomentam a problemática, como a desigualdade no acesso aos meios educacionais e a evasão escolar digital.

 

Em primeiro lugar, vale mencionar que a precária democratização dos mecanismos de aprendizagem corrobora a gravidade da questão. Sob essa ótica, a Revolução Informacional, no século XX, possibilitou o aprimoramento das tecnologias mercadológicas e comunicativas, entretanto, tais avanços não são aproveitados totalmente. Nesse sentido, a ausência de aparatos de conexão como maneira de alcance à formação acadêmica codificam um panorama de divergência das capacidades intelectuais e sóciointerativas, uma vez que a escolarização virtual adequada é restrita a quem possui ferramentas dirigidas ao ensino como exclusividade. Por conseguinte, há a progressiva exclusão de indivíduos que não detém desses adeptos.

 

Em segundo lugar, é importante destacar a lacuna educacional cibernética como propulsora do problema. Nessa perspectiva, consoante ao conceito de “Relações Líquidas”, elaborado pelo filósofo polonês Zygmunt Bauman, em que há uma constante dissolução das interações humanas pelo advento da globalização, a flexibilização das dinâmicas de estudo em conjunto à superficialidade dos diálogos entre professor e aluno induzem a gradativa perda de interesse deste no acompanhamento das aulas, em virtude das condicionalidades individuais proporcionadas nas distâncias oferecidas pelas ensino virtual. Desse modo, há o frequente abandono das redes de educação necessárias para formação cidadão.

 

Portanto, iniciativas são imprescindíveis para minimizar os impactos desse conflito. Logo, a fim de promover a otimização do ensino à distância no Brasil, compete ao Ministério da Educação, por meio de ambientes de informática e de computação gratuitos disponibilizados à estudantes de baixa renda, efetuar o monitoramento estudantil por professores especializados em aulas online, além da aplicação de conteúdos e de provas desenvolvidas para análise de desempenho mensal. Assim, contextos como o do filme “Tudo e Todas as Coisas” serão uma realidade nacional pela ação mútua de uma sociedade consciente.

 

Obs: corrigir pelas competências do Enem, se possível. ❤️