Os desafios do combate ao tabagismo na sociedade brasileira

O tabaco, planta descoberta no século XV, inicialmente era usado pelos Povos Pré-Colombianos para fins religiosos e medicinais. Entretanto, com o surgimento da primeira tabacaria – fábrica de cigarros –, em 1874, no Brasil, o cigarro passou a ser usado a partir de um “estereótipo social” que indica poder, o que gera um grave problema de saúde pública. Com efeito, medidas devem ser tomadas para consumar os problemas do estereótipo social e da saúde pública. 

Diante desse cenário, o tabagismo persiste no Brasil, incentivado pelo estereótipo social. Nesse sentido, o Saci-Pererê, personagem tabagista, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, obra de Monteiro Lobato, 1921, que fez história nas décadas de 70 e 80 em episódios para o público infantil, incentivou o tabagismo de forma explícita para seu público alvo. Nesse viés, ocorre que a influência demonstrada pelo Saci-Pererê no Sítio do Pica-Pau Amarelo produz efeitos negativos às crianças. Assim, enquanto a estereotipação se mantiver arraigada na cinematografia, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais graves adversidades para a sociedade: o tabagismo. 

Ademais, o fumante fragiliza a saúde pública. Sobre essa ótica, a Lei Antifumo – que foi promulgada em 2014 –, com o intuito de desconstruir o uso do cigarro, proíbe fumar em locais públicos fechados e restritos, intensifica a fiscalização pela vigilância sanitária, proíbe propagandas e promove o aumento no preço da carteira de cigarros. No entanto, tal Lei mostra-se incapaz de conter a disseminação exacerbada de fumantes em meio a população brasileira. Logo, enquanto a Lei Antifumo mantiver-se ineficiente, o tabagismo prevalecerá na sociedade. 

Portanto, para combater o tabagismo, o Ministério da Cultura deve proibir o uso do cigarro no meio cinematográfico, a fim de privar o telespectador da influência ao tabagismo. No que lhe concerne, o Ministério da Saúde deve, por meio da vigilância sanitária, efetivar a fiscalização da venda de cigarros nos comércios, com a finalidade de promover maior burocracia para sua aquisição – de modo a diminuir o uso do tabaco –, e deixa-lo livre, somente, para fins religiosos e medicinais, como na cultura indígena. Assim, o combate ao tabagismo, mostrar-se-á efetivo na sociedade brasileira.