Consoante ao pensamento do filósofo e escritor Jean-Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira em que se manifesta, é sempre uma representação da derrota. O crítico também era ferrenho defensor da educação do indivíduo, e, no entanto, a realidade das escolas brasileiras aparentam estar destoantes do seu pensamento. Sendo assim, a partir do momento em que se encontra no Brasil a falta de treinamento dos educadores para lidar com agressões escolares e a consequente dificuldade que alunos enfrentam ao relatar o bullying para os mesmos, a resultante se torna o agrave da brutalidade em espaços escolares.
Dessarte, diante do bullying em ascendência dentro das escolas, torna-se perceptível a carência de treinamento profissionalizante dos professores para encarar a problemática. De acordo com Paulo Freire, patrono da educação brasileira, ensinar não é transferir conhecimento, mas sim, criar a possibilidade para a sua própria construção. Isso posto, verifica-se no Brasil a inexistência quase completa para composição de novas aprendizagens por parte dos educandos, tendo em vista a violência entre estudantes em crescimento constante e a dificuldade dos educadores em intervirem de forma correta neste cenário caótico. O problema, por sua vez, corrobora para a intensificação de um ambiente violento, e a dificuldade que os estudantes encontram em pedir ajuda é a derivação da derrota da educação brasileira, assim como Sartre alertou em seus escritos.
Em virtude da escassez de treinamento adequado para os professores, as crianças tendem a demonstrar menos quando estão sofrendo bullying. De acordo com um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017, 43% dos estudantes brasileiros já passaram por algum tipo de agressão dentro do ambiente escolar. O fato, no que lhe concerne, aponta para fatores ocultos que intensificam a violência dentro de ambientes educacionais, e o principal deles está relacionado ao sentimento insuficiente de confiança mútua que é formado na relação pedagógica entre professor e aluno, coeficiente que também é contribuinte no nível de dificuldade demasiadamente elevado para a resolução da problemática.
Portanto, é mister que medidas sejam tomadas para o enfrentamento deste desafio. Dessa forma, é imprescindível que o Governo Federal, maior representante do Poder Executivo no Brasil, libere maior número de recursos econômicos ao Ministério da Educação para que este, através da contratação de agentes especializados, articule-se para a realização de treinamento aos educadores para que estes saibam como reagir contra o bullying. Ademais, a verba liberada também servirá para a admissão de funcionários qualificados nas escolas brasileiras para o atendimento de crianças fragilizadas por agressões. À vista disso, espera-se o alcance da vitória da educação brasileira em decorrência do fim da violência em ambiente escolar, assim como muito apreciaria o existencialista Jean- Paul Sartre.
Gabriela Perez
Ótimo. Você só poderia ter usado: “do problema ” ao invés de usar “da problemática ” no final do terceiro parágrafo, pois já tinha usado ” a problemática ” . Mas sua redação ficou muito boa deveria ser corrigida por um profissional por que, eu não vi nenhuma imperfeição em nada mais na sua escrita e argumentos. Mas para melhorar mais ainda, poderia usar mais argumentos no final.