Os desafios da justiça e sistema punitivo no Brasil

          A série “Carcereiros” retrata a constante desordem de uma penitenciária brasileira. Analogamente à ficção, afirma-se que a falta de controle da justiça e sistema punitivo é uma realidade no país, uma vez que a justiça não é cumprida igualitariamente. Ademais, a má educação disponibilizada pelo governo contribui para o regresso de protestos acerca da problemática supracitada, acarretando em cada vez mais desafios para a resolução desta.

          Em primeiro plano, pontua-se que a fundação autoritária do Brasil, em que privilégios eram concebidos à uma determinada classe, é refletida na justiça da contemporaneidade, dado que a punição de um crime não é aplicada à uma pessoa de alto poder aquisitivo da mesma forma que seria a um indivíduo pertencente à uma minoria. Partindo desta lógica, analisa-se a imoralidade do sitema punitivo brasileiro quando o abusador citado no caso “Mariana Ferrer”, um empresário branco e pertencente à classe alta de Santa Catarina, foi inocentado por um tribunal de juízes homens de mesmo perfil do réu. Com isso, comprova-se que a “justiça injusta” é uma vivência no Brasil.

          Em segunda análise, consoante o escritor Monteiro Lobato, “um país é feito de homens e livros”. Por esse ângulo, assegura-se que a educação precária do país é uma das responsáveis pela aplicação imparcial da lei, visto que uma sociedade passiva contribui para que políticos e autoridades judiciárias favoreçam aqueles que são mais poderosos socialmente. Com isso, pondera-se que o conhecimento partido de uma educação de qualidade leva o povo a questionar mais e cobrar que seus direitos sejam sucedidos.

          Com base nos aspectos discutidos, cabe ao Ministério da Educação investir na melhoria das condições do ensino público, por meio da disponibilização de um salário justo aos professores e um estudo qualificado aos alunos, a fim de que, futuramente, estes jovens conquistem a oportunidade de inserirem-se nos cargos da justiça brasileira, garantindo representatividade e oposição às ilegalidades do sistema, assim, iniciando a formação de um Brasil mais digno para a maioria dos cidadãos.