Os desafios da formação educacional de surdos no Brasil

(Quem puder dá uma nota de acordo com o Enem)

Segundo o filósofo Claude Lévi-Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como eventos históricos e as relações sociais. Esse pensamento nos auxilia na análise da questão sobre os desafios para formação educacional de surdos no Brasil, por isso a comunidade, historicamente, marginaliza as minorias, que promove a falta de apoio da população e do Estado para com esse deficiente auditivo, dificultando a sua participação plena no cenário educativo e também na sociedade. Diante dessa perspectiva cabe ver os fatores que favorecem esse quadro.

Em primeiro lugar, sabe-se que na sociedade brasileira existem modelos excludente impostos por diversos grupos, no qual o indivíduo que não atende aos requisitos estabelecidos, sofre uma rejeição e uma periferização social. É dever do estado, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de qualquer negligencia e discriminação, é válido analisar que o desconhecimento acerca de deficientes auditivos influi em comportamentos inadequados contra esses deficientes. Por conseguinte, a educação dos surdos é prejudicada pela negligência social, de modo que os profissionais não estão capacitados para oferecer o ensino de libras e os demais auxílios necessários.

No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educação de surdos, no Rio de Janeiro. Outrossim, daquela época até o século XXI as coisas evoluíram e hoje funciona o Instituto Nacional de Educação de Surdos, e hoje por meio da lei nº 10.436, a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no País. Outro ponto relevante é o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismo, assim o sujeito, ao estar nesse panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão educacional dos surdos.

Destarte, fica evidente a problemática da formação educacional de surdos no Brasil. Tornando assim, indubitável a importância do Governo Federal, mediante o Ministério da Educação capacitar os professores e pedagogos, com o fito de instruir sobre as necessidades de tal grupo, como o ensino em Libras, por meio de cursos e métodos para acolher esses deficientes. Ademais, ainda cabe a mídia o papel de promover campanhas publicitárias, debates fomentando a conscientização sobre os deficientes auditivos. A fim de elevar a visualização dos surdos como membros da sociedade e da educação. Assim espera-se que, essa problemática de cunho social e ensino tenha uma melhora das condições educacionais desse grupo.