Os desafios da conservação da água no Brasil

A água é um ativo nacional que, se usado com sabedoria e eficiência, enseja uma grande oportunidade para garantir ao Brasil um desenvolvimento econômico e social bastante competitivo Um dos países com maior disponibilidade de recursos hídricos do mundo, o Brasil tem problemas com seus indicadores de água  Entretanto à abundância de recursos hídricos no país não garante acesso universal nem evita crises.  O País ainda precisa desatar-se  na gestão e na interação com o meio ambiente para assegurar conservação.

O acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto no país é desigual. As áreas urbanas tendem a ter índices melhores, enquanto áreas irregulares e afastadas são mais prejudicadas. Além de políticas públicas que assegurem o atendimento, que é dificultado pela distribuição desequilibrada da água e da população no território brasileiro, outro imbróglio é a conservação do próprio recurso, que enfrenta desafios. Falta de saneamento Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é tratado, de acordo com o SNIS. Dessa forma, um grande volume de esgoto não coletado ou não tratado é despejado em corpos d’água, provocando problemas ambientais e de saúde. “Essa falta de infraestrutura de saneamento básico tem um impacto brutal na qualidade das água de todo o país”, diz Carlos.

O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério do Desenvolvimento Regional com parceria, e autoria de 17 pesquisadores elaboraram  documento Intitulado “Água: biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano no Brasil”,  de, aponta soluções para o uso racional e maior eficiência tanto na gestão como na conservação da água no Brasil. Embora detenha a maior reserva de água doce do Planeta, o País padece, segundo o estudo, de anomalias na sua distribuição e qualidade, na relação demanda-oferta e na aplicação dos instrumentos legais. Bem como Parlamentares ouviram especialistas e avançaram na votação de projetos para promover o uso racional de recursos hídricos. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 112/2013, que tem esse objetivo, foi aprovado no primeiro semestre pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e  aguarda deliberação da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde será votado em decisão terminativa. Situação do Nordeste

O relatório contextualiza as ameaças aos recursos hídricos e aos ambientes aquáticos, as oportunidades e o diferencial competitivo que o uso eficiente da água possibilitam ao desenvolvimento e à economia do país e propõe práticas e instrumentos para um melhor uso e manejo das águas brasileiras