Os desafios da alfabetização em questão no Brasil

Na obra “A república” escrita pelo filósofo grego Platão, é retratada à busca de Sócrates, baseada na necessidade de encontrar uma maneira capaz de garantir uma sociedade harmoniosa visto que, não haja interesses pessoais e disputas particulares, protegendo-a do caos por completo. Entretanto, o que se observa na contemporaneidade é o oposto, uma vez que os desafios do processo de alfabetização no Brasil apresentam barreiras as quais dificultam a concretização dos planos de Sócrates. Esse cenário antagônico é fruto da desigualdade social assim como às disparidades regionais. Acerca da problemática cabe analisar causas e buscar soluções para a reversão deste quadro.

Precipuamente, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apenas 7% da população brasileira com 15 anos ou mais considera-se analfabeta. A alfabetização é o processo que permite que o desenvolvimento e fundamentação da vida de todos os cidadãos. Conquanto, hodiernamente, a estratificação social assim como a desigualdade exercem sobre a sociedade a segregação dessa parcela da população que, de certo modo ficou isenta de seus direitos. Assim, pessoas com baixo nível de alfabetização são marginalizados e não tem acesso à ambientes profissionais e até mesmo pessoais.

Ademais, as disparidades regionais são um segundo fator que colaboram com o crescimento das taxas de analfabetismo visto que são notórias as diferenças na educação oferecida nos demais estados brasileiros. Segundo o Ministério da Educação (MEC), Inep e Doeb de 2014 e 2016 mostram que a Nordeste e Região Norte ficaram abaixo da média brasileira nos níveis de proficiência em Leitura e Matemática em 2014 e 2016 e em escrita em 2016. Outrossim, tais dados são reflexos das desigualdades presentes na organização social pois, o Nordeste com alto índice de pobreza e desemprego, apresenta o maior índice de analfabetismo do país.

Faz-se mister que são necessárias medidas para a reversão dessa problemática. Cabe ao governo, entidade responsável por garantir o bem-estar social da população, destinar mais recursos para providências básicas acerca da alfabetização do país, por intermédio do Ministério da Educação, com o fito de diminuir o índice de analfabetização. Tais como o maior investimento para novas turmas de jovens e adultos que não completaram o ensino médio, assim como criação de programas que visem por meio de políticas públicas a efetividade de cursos para educação básica. Para que dessa forma, seja amenizada essa problemática tão repercutida na sociedade brasileira.