Os Desafios Atuais da Migração no Brasil

A Declaração dos Direitos Humanos, de 1948, estabelece que todas as pessoas possuem o direito de deixar qualquer país. Nesse sentido, no cenário brasileiro hodierno, observa-se um grande número de migrações. Dessa forma, com o movimento migratório, novos desafios começam a surgir na questão que tange a inclusão de migrantes na sociedade, como: preconceitos gerados pela mentalidade social retrógrada e as dificuldades no aprendizado do idioma.

É de conhecimento geral que, grande parte das pessoas que migram para o Brasil sofrem, de alguma forma, preconceito. A respeito disso, sabe-se que, durante o século XX, o Nazismo foi utilizado para legitimar o discurso preconceituoso de inferioridade de uma determinada etnia. Tal fato assemelha-se ao contexto atual, em que, muitas vezes, migrantes são mal julgados e tratados de forma desrespeitosa pela sociedade, que ao invés de acolhe-los, disseminam ódio devido a sua cultura.

Em paralelo à isso, pessoas que buscam refúgio em outros países devem aprender o idioma para sua sobrevivência, o que pode se tornar um problema uma vez que necessitam da ajuda de instituições não governamentais. Consoante o conceito de Modernidade Liquida, de Zygmunt Bauman, que explica a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismo. Desse modo, não só a sociedade, mas também o Estado não apresentam-se dispostos a ajuda-los e acolhe-los, por conta da individualidade exacerbada dos tempos modernos.

Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar essa situação. Para que isso ocorra, o Ministério da Cultura, juntamente com as escolas municipais devem desenvolver palestras e exposições, no que se refere a importância das diversidades culturais para alunos e pais, por meio da apresentação de trabalhos escolares sobre países, que serão coordenados pelos professores regentes. Tais palestras devem ter a presença de profissionais, com o objetivo de facilitar o entendimento sanar curiosidades. Por fim, é preciso que a comunidade brasileira olhe de forma mais otimista para a diferença, pois como constatou Hannah Arendt: “A pluralidade é lei da terra”.