Oceano de plástico. (Brasil)

No filme “Wall-e”, após deixar o planeta inabitável por conta da poluição, a humanidade passou a viver em uma nave no espaço. Fora das telas, a poluição dos oceanos por plásticos tornou-se um problema para a vida marinha, implicando complicações até mesmo aos seres humanos. Logo, é imprescindível medidas que possam atenuar os impactos da problemática.

Um estudo feito pelo Instituto Gremar, mostrou que em menos de dois anos, quase mil tartarugas marinhas e mais de 600 aves foram encontradas mortas em uma praia de São Paulo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 8 milhões de toneladas de lixo plástico são jogados todo ano no mar. No entanto, uma pequena parcela desse lixo é reciclado, pois para serem reutilizados os produtos devem retornar a cadeia produtiva, mas poucos países se comprometem a investir na infraestrutura para a reciclagem de grande escala.

Um dos conceitos filosóficos de Umberto Eco, afirma que justificar as tragédias como uma “vontade divina”, tira do homem a responsabilidade de suas escolhas. Nesse sentido, subentende-se, então, que o principal fator desencadeador do problema parte da ignorância ainda existente na sociedade brasileira, que acaba dificultando a resolução do impasse.

Infere-se, portanto, que para minimizar os impactos da poluição por plásticos nos oceanos, medidas deverão ser tomadas. Segundo o pedagogo Paulo Freire, a educação muda as pessoas, e essas mudam o mundo. Nessa perspectiva, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) deverá alterar o currículo de ensino, incluindo aulas de educação ambiental, para que os indivíduos desde cedo, se tornem conscientes de suas próprias ações. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deverá criar um projeto de lei, onde os indivíduos serão multados ao serem flagrados descartando lixo de forma inadequada.