Obstáculos sociais e financeiros na epidemia de ansiedade

Em 1929 o mundo sucumbiu à “grande depressão”, a quebra da bolsa de valores de Nova York colocou o planeta no maior caos econômico da história, consequentemente uma parcela da população mundial entrou em colapso nervoso, levando a uma epidemia doenças psicológicas nunca presenciadas anteriormente. De maneira análoga no século ⅩⅩⅠ a humanidade convive com adversidades para efetivar o combate à ansiedade que, segundo a Organização Mundial da Saúde afeta 18,6 milhões de brasileiros. Assim, a crise econômica e fatores sociais são os principais causadores da crescente epidemia de ansiedade vivenciada pela sociedade contemporânea.

Certamente, as consequências decorridas do desequilíbrio econômico na vida da população são diversas, dentre elas tem-se o desemprego, inflação, precariedade da saúde, educação, saneamento básico, segurança pública e etc. Igualmente, é necessário falar-se da lesividade ocasionada dessa realidade na saúde psicológica dos indivíduos que reiteradamente são afetados por esse meio. Ademais, segundo uma pesquisa realizada pela MindMiner, a crise econômica é o segundo motivo mais estressante se viver no Brasil. Em suma, é evidente que o estresse é produto da crise econômica e suas derivações.

Segundo o artigo 6º da Constituição Federal do Brasil de 1998 é de direito do cidadão à saúde, mas a discrepância entre oque é legal e o real se evidencia diariamente nas comunidades mais carentes, sendo elas as que mais sofrem com ansiedade, pois convivem com diversas problemáticas decorrentes da sua situação social. Além disso, tem-se um senário em que a marginalização e preconceito privam as pessoas de terem tratamentos médicos apropriados, agravando-se mais os casos.

Levando-se em consideração à análise realizada, o transtorno psicológico da ansiedade deriva-se de problemáticas do âmbito econômico e social. Sendo assim, o governo deve criar um comitê que irá monitorar os índices de ansiedade nos Estados mais atingidos, com apoio do Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria da Saúde dos municípios com finalidade de promover um combate efetivo à doença. No âmbito municipal haverá um espaço de atendimento de psicólogos, terapeutas, médicos e assistentes sociais, contará ainda com palestras com especialistas no assunto. O ideal é proporcionar informação e bem estar a todos independente de sua classe social ou situação financeira.