Obesidade no Brasil

A obesidade no Brasil tem mostrado aumentos significativos nos últimos tempos. Seguido dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país mais do que dobrou entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Sob essa perspectiva, pode-se analisar que a problemática em questão persiste a partir de diversos fatores, dentre eles está o sedentarismo entre os brasileiros e a normalização da obesidade disseminada na sociedade.

    Diante disto, pode-se apontar que o sedentarismo é um fator determinante para a persistência do problema. No filme Wall-E, da Pixar, a condição de vida apresentada na sociedade consistia da dependência de meios tecnológicos para a manutenção da vida dos indivíduos, desde as interações sociais até a  alimentação, no que procedeu na inatividade para qualquer exercício físico, na qual resultou numa população exclusivamente obesa. Fora da ficção, é notável que o cenário apresentado em Wall-E assemelha-se a realidade dos brasileiros, já que o sedentarismo causado pelo estilo de vida moderno – a exemplo do consumo excessivo de alimentos industrializados e o tempo passado em frente às telas de computadores e celulares –  influencia de maneira persistente a disseminação da obesidade na população.

    Paralelo a isso, a questão da normalização da obesidade intensifica a gravidade do problema. Posto isso, é relevante saber que essa doença tornou-se um fator comum para a sociedade contemporânea, pois o indivíduo moderno habituou-se às diversidades apresentadas no corpo social, porém essa massificação social prejudicou a capacidade de julgar fatores que são patológicos, esse cenário exemplifica a teoria de “banalidade do mal” da filósofa Hanna Arendt, que afirma que o pior mal é aquele visto como algo cotidiano. Dessa forma, torna-se imprescindível que a problemática seja solucionada, para que assim, o conceito apresentado pela filósofa não possa mais ser relacionado à obesidade.

    Portanto, faz-se necessário que a Secretaria de Saúde proporcione ambientes que estimulem a resolução do problema. Deve-se incentivar o indivíduo a praticar atividades físicas e a manter padrões saudáveis de alimentação, a fim de promover um qualidade de vida melhor e pôr um fim ao sedentarismo que predomina a contemporaneidade. Tais ações devem ser realizadas a partir dos principais meios de comunicação, como as redes sociais e, por meio de anúncios e campanhas. Assim, espera-se promover uma melhora no que tange à obesidade na população brasileira.