Obesidade infantil

A constituição brasileira de 1988 assegura a todos os indivíduos o direito à saúde. No entanto, na prática, percebe-se que tal garantia está em descompasso com a realidade brasileira, principalmente no que tange à questão da obesidade infantil. Esse cenário antagônico ocorre não só em razão das falhas no sistema educacional, mas também devido ao sistema capitalista.

Sob esse viés, é lícito postular as falhas no sistema educacional como impulsionadora desse revés. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele. Entretanto, as escolas negligenciam à saúde dos estudantes ao não ensina-los sobre o risco da obesidade e as formas de como preveni-la.

Ademais, outro fator a ser salientado é o sistema capitalista. Conforme Karl Marx, a busca pelo lucro ultrapassa os valores éticos e morais. Nesse sentido, as empresas alimentícias vendem a imagem de seus produtos atrelados à felicidade e realização pessoal, quando, na maioria das vezes, essas mercadorias causarão danos a saúde do consumidor. Desse modo, as propagandas dessas indústrias induzem a uma má alimentação e atingem fortemente o público infantil.

Logo, constata-se que a obesidade infantil é um problema relevante e que carece de soluções. Portanto, o Governo Federal, como instância máxima da administração executiva, deve investir em políticas públicas que promovam a educação alimentar nas escolas, por meio da contratação de nutricionistas, a fim de que a obesidade infantil não faça parte do cotidiano nacional. Tal medida visa combater o impasse de forma precisa e democrática.